Justiça aceita denúncia, decreta prisão preventiva e determina inclusão do cônsul alemão Uwe Herber Hahn no banco de foragidos da Interpol Divulgação

Rio - O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) aceitou, nesta segunda-feira (29), a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e decretou a prisão preventiva do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, acusado pela morte do marido belga, Walter Henri Maximilien Biot, no dia 5 deste mês. O magistrado determinou ainda a inclusão do nome do cônsul na lista de foragidos da Interpol, já que Uwe embarcou no domingo para a Alemanha.
No decreto, o juiz ainda reforçou a necessidade da inclusão do cônsul na lista de foragidos da Interpol. "Oficie-se, de ordem, com urgência, à Polícia Federal sobre a existência do mandado de prisão, a fim de incluir o acusado no banco internacional de procurados e foragidos da Interpol. Por cautela, oficie-se, de ordem, com cópia, às Embaixadas da Alemanha e da Bélgica, por se tratar de réu alemão e vítima belga", escreveu.
Uwe Herbert Han teve a prisão relaxada na quinta-feira (25) pela desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, por considerar haver demora na denúncia do Ministério Público (MP). Após a decisão, o cônsul deixou o país rumo a Frankfurt, sua cidade natal.
O crime
A polícia foi acionada na noite de sexta-feira (5), para o apartamento do cônsul, uma cobertura em Ipanema, Zona Sul do Rio. O médico do Samu, identificado como Pedro Henrique, foi acionado por volta das 20h e se recusou a atestar o óbito por mal súbito. A polícia acredita que o cônsul tenha demorado a chamar o socorro e confessou que pediu para que uma limpeza fosse feita no apartamento, o que dificultou a perícia. No entanto, luminol foi usado no imóvel e marcas de sangue foram encontradas em móveis.