Reunião com a Comissão Especial do Plano Diretor, da Câmara de Vereadores, debate melhorias para Campo Grande, Santíssimo, Inhoaíba e CosmosDivulgação / SMPU
O debate teve foco na Área de Planejamento 5.2, que abrange ainda outros quatro bairros: Campo Grande, Santíssimo, Inhoaíba e Cosmos.
De acordo com a prefeitura, Campo Grande é o único subcentro metropolitano da região e o segundo maior da cidade, ficando atrás apenas do Centro do Rio. Segundo Felipe Manhães, Gerente de Planejamento Local da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, o novo Plano Diretor propõe medidas para o fortalecimento dos centros dos bairros da Zona Oeste. "A região de Campo Grande está, predominantemente, na macrozona de Estruturação Urbana. O objetivo dela é recuperar o tecido urbano degradado, melhorar a conexão com as centralidades municipais, promover áreas de habitação de interesse social e aperfeiçoar a integração dos modais, como o BRT", afirmou Felipe.
Para a mobilidade urbana, uma das propostas citadas por Felipe é o Anel Viário de Campo Grande, que permitirá a interligação entre a Estrada da Posse, a Estrada da Caroba e a Avenida Cesário de Melo, facilitando o acesso ao centro de Campo Grande e dividindo o fluxo com a Estrada Rio do A e o Viaduto Prefeito Alim Pedro. "A intenção desse anel é evitar esse nó que acontece na área central. Então, a proposta é que com a melhoria dos fluxos, você desafogue aquela região e facilite o acesso das áreas e diminua o tempo de deslocamento", explicou.
A audiência pública foi presidida pela vereadora Tainá de Paula, vice-presidente da Comissão Especial do Plano Diretor, e contou com a participação presencial e por videoconferência de outros vereadores. O subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba, e moradores e representantes da Sociedade Civil Organizada que atuam na região também participaram da reunião. Durante o evento, moradores exibiram cartazes que pediam por transporte público noturno, pela facilitação da aquisição de alimentos orgânicos e por áreas de lazer com Wi-Fi nos sub-bairros.
Já Vanderlei Cardoso, representante do Colégio de Aplicação Ferreira de Almeida (Cafa), opinou sobre a importância do aumento da disponibilidade de serviços para o crescimento dos bairros. "O estado do Rio tem 92 municípios. O bairro de Campo Grande é maior do que 86 deles. Os serviços precisam ser proporcionais. É importante pensar na estruturação do solo e no crescimento. Mas vai crescer como?", questionou.
O Plano Diretor é o projeto de lei que norteia o desenvolvimento urbanístico da cidade, para garantir o seu funcionamento e o bem-estar dos moradores. "Esse Plano Diretor trará a nossa visão, enquanto bairro de Campo Grande, para os próximos 10 anos. Qual o bairro que nós queremos? Que na próxima revisão possamos olhar para trás e ver que fizemos um bom trabalho", explicou o vereador Rocal.
Antônio Corrêa, assessor da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, agradeceu pela contribuição dos participantes e explicou que a prioridade de crescimento do novo Plano Diretor é o Centro e os bairros da Leopoldina. "Ali é nossa prioridade porque tem infraestrutura já implantada. Campo Grande é uma centralidade e não pode parar no tempo. Tem que ser uma mola propulsora para a Região Metropolitana", afirmou o assessor.
Processo de Revisão do Plano Diretor foi iniciado em 2018
Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, a minuta do novo Plano Diretor, enviada pela Prefeitura em setembro de 2021, é resultado de um longo processo de revisão iniciado em 2018. Em 2021, o debate envolveu 111 instituições inscritas em chamamento público, além de entidades convidadas, que se reuniram para discutir o tema em encontros que juntos somaram mais de 105 horas de debates.A prefeitura também realizou nove audiências públicas na cidade, que contaram com a participação popular.
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