Bruno Krupp está preso por atropelar e matar o adolescente João Gabriel CardimReprodução / Rede Social

Rio - O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou o modelo Bruno Krupp por estelionato, acuisado de aplicar um golpe contra o Hotel Nacional, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. O influenciador e o sócio haviam sido indiciados pela Polícia Civil no último dia 18, mas a denúncia do crime só foi realizada na sexta-feira passada (26), na mesma ocasião em que o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) o tornou réu por atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, em 30 de julho, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. 
De acordo com Patrícia Alemany, delegada titular da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), o caso vinha sendo investigado desde 2021, quando o influenciador pagou diárias no estabelecimento com cartões de crédito clonados ou roubados. Krupp e o sócio se passavam por agentes de viagem e vendiam hospedagens mais baratas do que os preços praticados pelo hotel. Ao realizar as vendas, eles as pagavam usando cartões de terceiros, que não reconheciam a compra e impediam que o valor fosse repassado ao estabelecimento. O prejuízo estimado é de mais de R$ 400 mil. 
"Essa pessoa que comprava (a diária) era ludibriada, porque ele apresentava o voucher do hotel, mesmo, direitinho. Só que na hora de faturar, o cartão dizia que não pode ser faturado porque a pessoa reclamou que não existe essa compra. E assim eles iam fazendo. O montante (do prejuízo) que a gente apurou, até então, foi de R$ 428 mil", explicou Alemany. 
Ainda segundo a titular, além do indiciamento, também foi pedida a prisão preventiva de Krupp por conta da condutada criminosa do influenciador e para garantir a ordem pública. Entretanto, na denúncia feita pelo MPRJ, o juiz opinou por uma medida diversa. Segundo a Justiça do Rio, ainda não há decisão sobre o caso. O modelo está preso desde o dia 3 de agosto pela morte de João Gabriel na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. 
Procurado, o Hotel Nacional informou que não tem nada a declarar sobre o fato e que "os casos que envolvem notícias de suposta prática de crime são formalizados junto aos órgãos responsáveis pela apuração e esclarecimento dos mesmos".
A reportagem do DIA tenta contato com a defesa de Bruno Krupp.