Leandro Xavier da Silva, de 28 anos, miliciano conhecido como Playboy da Curicica, é preso Divulgação

Rio - A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), junto com policiais da 41ª DP (Tanque), prenderam nesta terça-feira (30) Leandro Xavier da Silva, de 28 anos, mais conhecido como Playboy da Curicica. Ele é apontado como sendo um miliciano com forte liderança nas áreas de Curicica, Terreirão, Rio das Pedras, Muzema, entre outros. A especializada estava acompanhando o criminoso nos últimos meses, até a localização do mesmo nesta tarde na Zona Oeste.
Playboy também é aliado do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A Polícia Civil investiga Leandro por crimes de homicídio qualificado, roubo, extorsão, tortura, receptação, formação de milícia e organização criminosa. O miliciano e seu bando atuam na região de Curicica realizando cobranças de taxas ilegais de segurança, explorando o comércio ilegal de gás, serviços de internet e TV a cabo clandestinos, transporte ilegal de passageiros, além de grilagem de terrenos e venda ilegal de imóveis.
Miliciano escapou de ser preso em maio
Agentes da Draco tentaram encurralar o Leandro em uma boate na Barra da Tijuca, em maio deste ano, mas foram impedidos por disparos feitos por um soldado da Polícia Militar. O ataque, segundo a especializada, tinha o objetivo de distrair os policiais para facilitar a fuga do miliciano. Na ação, um grupo de milicianos chegou a arremessar três granadas contra os policiais, mas os artefatos não explodiram. Algumas armas também foram deixadas pelo chão.
Na ocasião, o soldado Marcos Roberto França Júnior, lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), que fez os disparos, foi detido. 
Playboy da Curicica estava no tiroteio que deixou menina de 4 anos baleada
Em junho deste ano, a menina Alice Rocha, de 4 anos, foi baleada na cabeça quando comprava pipoca com a mãe, em Curicica. O disparo partiu de um confronto entre policiais da Draco com milicianos do grupo de Leandro. A perícia realizada no local ainda não identificou de onde teria partido o tiro que atingiu a criança.
Alice ficou internada durante 40 dias em estado gravíssimo no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio. Ela passou por duas cirurgias na cabeça, sendo uma delas com duração de dez horas, e teve acompanhamento de diferentes setores do hospital, como fisioterapia, pediatria, neurologia e psicologia. Em julho, a menina recebeu alta e se recupera em casa.