Alice Rocha, de 4 anos, recebe alta do Hospital Municipal Miguel CoutoEdu Kapps / SMS-Rio
Vestindo uma blusa escrito "Onde há fé, há um milagre. Eu sou um milagre", a pequena, enfim, saiu pela porta da frente andando ao lado da mãe Andressa Silva e das duas avós. A cena emocionante foi considerada uma luz de esperança na vida da família de Alice. "Ela é o meu milagre. Eu estou muito feliz, estou até sem palavras para descrever esse sentimento", se emocionou Andressa, mãe da pequena e grávida de quatro meses do segundo filho.
De acordo com a avó materna, Glória Ferreira da Silva, a família vai realizar um desejo da menina e fazer uma festa para ela na noite desta segunda-feira. "Ela chegou bem cansadinha em casa e foi dormir para aproveitar a celebração de mais tarde. Mas assim que ela chegou nós fizemos uma oração pela vida dela também", conta Glória.
O avô paterno, Sandro Mariano, que acompanhou de perto toda a evolução da neta, disse estar muito feliz e agradeceu todas por todas as orações e mensagens de incentivo neste tempo de internação.
Alice tinha 5% de chance de sobreviver
O diretor do Hospital Municipal Miguel Couto, Cristiano Chame, reforçou a força de vontade de viver de Alice. "Ela foi uma guerreira nesses quarenta dias internada. Alice chegou em estado grave, com uma bala alojada no cérebro. Ver ela saindo é gratificante e emocionante para todos do hospital, é um caso emblemático, daqueles casos que ficam marcados para sempre na gente. Ela é uma guerreira", disse.
A cirurgia mais recente, realizada no último dia 6, teve o objetivo de colocar uma prótese de calota craniana para devolver o formato da cabeça da Alice. "Nesses casos de tanta gravidade, segundo a equipe de neurocirurgia, a taxa de mortalidade é de 95% e os 5% foi o que a gente pode fazer, e a gente vê o milagre de Alice saindo bem e andando. Obviamente agora ela vai fazer acompanhamento com a equipe de neurologia, tem todo um protocolo ainda", explica Chame.
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