Adriana Belém está presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, presídio em BenficaReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus para a delegada Adriana Belém. A decisão foi publicada pelo ministro Jesuíno Rissato, na quinta-feira (25). Ela está presa desde o dia 10 de maio, após a realização da Operação Calígula, desencadeada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) contra uma organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade voltada à exploração do jogo do bicho. 
No pedido, a defesa da delegada solicitou a revogação ou a substituição da medida por outras diferentes da prisão. Adriana foi presa com R$ 1,76 milhão em casa. No pedido, os advogados alegaram que não houve flagrante e que a cliente foi funcionária pública por muitos anos, sendo assim, não seria possível afirmar que a "aparente fortuna" seja fruto de práticas ilegais.
O ministro rebateu as alegações da defesa. "Condições pessoais favoráveis, tais como primariedade, ocupação lícita e residência fixa, não têm o condão de, por si sós, garantirem ao paciente a revogação da prisão preventiva se há nos autos elementos hábeis a recomendar a manutenção de sua custódia cautelar. Diante de tais considerações, não se vislumbra a existência de qualquer flagrante ilegalidade passível de ser sanada pela concessão de habeas corpus”, escreveu.
A delegada continua presa em uma cela separada no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica.