Dia de vacinação contra a Poliomielite na CMS da Heitor Beltrão, no bairro da Tijuca. Pedro Ivo/ Agência O Dia
Baixa adesão à campanha contra a poliomielite atrapalha combate a doença, afirma infectologista
Renato Kfouri reforça que é preciso comunicar melhor para a população a importância de continuar vacinando, mesmo não convivendo com as doenças
Rio - A Secretaria municipal de Saúde informou que a cobertura vacinal da poliomielite na cidade do Rio de Janeiro está abaixo dos 30%. O DIA conversou com o infectologista Renato Kfouri que afirmou que a baixa adesão pode atrapalhar o combate à doença - que apesar de ter sido erradicada há mais de 40 anos, ainda não desapareceu totalmente do mundo.
"Há uma percepção muito baixa do risco da doença. O próprio sucesso que a vacina fez deixa as pessoas percebendo que não há necessidade de vacinação e isso tem trazido não só para a pólio, mas pra todas as vacinas, baixíssimas coberturas", explicou.
A expectativa da Secretaria municipal de Saúde (SMS) é garantir que 95% das crianças de 1 mês a 5 anos de idade tomem a dose da vacina contra a doença, também chamada de paralisia infantil. A campanha nacional de imunização, que teve início em 8 de agosto, termina no próximo dia 9.
De acordo com Renato, as campanhas periódicas da poliomielite têm como objetivo recuperar quem está em atraso e oferecer uma dose de reforço para quem está em dia com o calendário. "É preciso comunicar melhor pra população essa importância de continuar vacinando mesmo não convivendo com as doenças", reforçou.
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