Parentes e familiares de Miguel de Lima, de 29 anos, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para a liberação do corpoCleber Mendes/Agência O Dia

Rio - A família do comerciante Miguel de Lima, de 29 anos, morto após uma confusão com um PM durante uma festa, em Nova Iguaçu, esteve no fim da manhã desta segunda-feira (12) no IML do município para a liberação do corpo. Segundo parentes de Miguel, ele havia iniciado um negócio há pouco mais de cinco meses e tinha saído para se divertir com a mulher quando foi assassinado. O enterro do comerciante aconteceu às 16h, no Cemitério de Carlos Sampaio, em Austin.
"A família está destruída agora. Infelizmente perdemos uma pessoa batalhadora e que era querida por todos", comentou Carlos Alberto, primo do jovem. Ele esteve ao lado de outros dois tios da vítima no instituto. 
Segundo Carlos, o policial que atirou no peito de Miguel é namorado da ex-companheira do comerciante. "Ele tinha acabado de fechar o bar dele. Saiu para se distrair com a esposa e, na chegada nessa festa, ela e a ex dele se esbarraram começando uma confusão. Tudo se resolveu ali e eles seguiram na festa. Mais tarde, outra briga entre elas voltou a acontecer, o PM sacou a arma para dar uma coronhada na esposa do Miguel. Quando ele tentou intervir, esse policial atirou no peito dele. Foi à queima roupa", contou o primo.
Miguel de Lima, de 29 anos, foi morto com um tiro no peito durante confusão em festa no bairro de Austin - Reprodução da Internet
Miguel de Lima, de 29 anos, foi morto com um tiro no peito durante confusão em festa no bairro de AustinReprodução da Internet
Carlos comentou ainda que testemunhas ouviram quatro disparos, mas só um atingiu Miguel. "Eles já tinham se estranhado antes, justamente por conta dessa questão entre a esposa dele e da ex, mas ninguém imaginava que isso pudesse acontecer", comentou o familiar.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga a morte de Miguel. Os agentes da especializada chegaram a realizar perícia no local onde o crime aconteceu e ouviram testemunhas. O caso também é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar. A identidade do PM não foi confirmada pelas autoridades.
Carlos disse ainda que um sobrinho de Miguel chegou a pedir para que eles fossem embora, justamente pelo receio de outra confusão. "Ele disse que pediu para eles irem, mas eles não quiseram. Minha prima disse que não saíam de casa para nada, por isso iriam ficar. Quinze minutos depois, aconteceu o que aconteceu", lamentou.
Além da esposa, Miguel deixou dois filhos, um menino de 10 anos e uma menina de 4 anos. O local e o horário do enterro ainda não foram confirmados.