Bomba explodiu debaixo da carteira de aluna do 9º ano do colégio Elite, em São GonçaloReprodução Instagram
Polícia investiga explosão de bomba em sala de aula que rompeu tímpanos de aluna
Caso aconteceu em turma do 9º ano em um colégio particular de São Gonçalo, na segunda-feira passada
Rio - A adolescente Anna Clara Nascimento, de 14 anos, estudante de um colégio particular, em São Gonçalo, Região Metropolitana, teve os dois tímpanos estourados, na última segunda-feira (19), após uma colega de turma soltar uma bomba dentro da sala de aula. O artefato, conhecido como "cabeção", explodiu debaixo da mesa da jovem, que está no 9º ano.
Segundo relato da família da adolescente, o som da explosão provocou a perda de audição na aluna e em outros três estudantes da mesma sala de aula no colégio Elite, no Centro de São Gonçalo. A aluna que atirou a bomba foi flagrada pelos colegas e denunciada à direção, mas a identidade dela segue em sigilo. O caso foi registrado na 72ª DP (São Gonçalo).
Em entrevista ao RJTV 1ª Edição, da TV Globo, divulgada nesta sexta-feira (22), Anna clara contou que estava sentada no momento que a explosão ocorreu.
"Quando a bomba estourou, ficou um silêncio. Não sei se foi pelo choque ou se eu realmente fiquei sem escutar nada. Tinha uma fumaça muito grande na sala toda, um cheiro de pólvora. Depois eu só chorava, via tudo turvo, não conseguia andar, meus amigos tiveram que me tirar da sala", conta a aluna.
A jovem acusada de atirar o artefato e os quatro jovens feridos, além dos responsáveis pela escola, já prestaram depoimento na delegacia. De acordo com a Polícia Civil, o caso ainda é investigado pela distrital, que busca informações para esclarecer o ocorrido.
Em nota, o Colégio Elite lamentou o ocorrido e disse que a direção foi surpreendida pelo lançamento da bomba dentro das dependências da unidade. A escola esclareceu ainda que escalou um inspetor extra que permanece dentro da sala de aula onde o incidente aconteceu. Um suporte psicopedagógico também foi disponibilizado.
"Reiteramos que repudiamos qualquer tipo de violência. Atitudes como essas ferem os valores do Elite e não podem ser aceitas em hipótese alguma. Seguiremos colaborando com as autoridades e atendendo às famílias do Elite e nos colocamos à disposição em caso de dúvidas", disse em nota.
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