Rio de Janeiro tem 1.011 novos casos de varíola dos macacos (monkeypox) nesta terça-feira (27)Reprodução/ Débora F. Barreto-Vieira e Milene Dias Miranda/ Fiocruz

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o Rio de Janeiro tem, nesta terça-feira (27), 1.011 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox). Outros 1.891 casos foram descartados. Há também 118 casos prováveis, ou seja, com exame inconclusivo ou não coletado, e 427 sob investigação. O estado registra um total de 3.447 casos notificados, um óbito, uma pessoa em tratamento com Tecovirimat e quatro com tratamento experimental concluído. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 14h47.
Os casos confirmados estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos. São 720 pessoas contaminadas, enquanto adultos entre 40 e 59 anos são 242. O menor número é encontrado nas faixas etárias entre crianças de 0 a nove anos e de idosos com mais de 60 anos: ambas apresentam dez casos confirmados.
Pessoas do sexo masculino seguem sendo a maioria dos contaminados, somando 943, ou seja, 93,3% dos casos confirmados. Em contrapartida, são 68 pessoas do sexo feminino, ou 6,7% contaminadas.
As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 901 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 582 pessoas queixaram-se de febre.
Em relação à região, a Metropolitana I concentra 84,47% dos casos, 854. A Região Metropolitana II vem logo em seguida, com 11,08%, ou seja, 112 casos. A Baixada Litorânea tem nove casos, a Médio Paraíba contabiliza oito, a Serrana, seis e a Norte e a Noroeste contabilizam três e dois, respectivamente.
Novos laboratórios para diagnóstico da doença no Brasil
O Ministério da Saúde informou que cadastrou sete novos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) para realizar testes diagnósticos de varíola dos macacos (monkeypox). "A partir de agora, Bahia, Goiás, Santa Catariana, Ceará, Pernambuco, Paraná e Espírito Santo também terão capacidade para fazer a análise das amostras. Com isso, a pasta garante maior celeridade à identificação do vírus, que é monitorado desde que foi detectado pela primeira vez no país, em junho de 2022", informou a pasta.

Antes da ampliação, os exames já eram realizados pelos Lacens de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, além dos laboratórios de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro e no Amazonas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Evandro Chagas, no Pará.

O diagnóstico é feito exclusivamente por teste molecular do tipo PCR, mesma tecnologia dos testes de Biomanguinhos, da Fiocruz, aprovados pela Anvisa.

Com relação aos testes de Biomanguinhos, a previsão inicial de aquisição pelo Ministério da Saúde é, inicialmente, de 60 mil kits, quantitativo que pode variar de acordo com a disponibilidade, para distribuição por toda a rede de Lacens e Laboratórios de Referência, considerando a situação epidemiológica de cada estado.