Museu Naval, no Centro do RioDivulgação

Rio - O Museu Naval, localizado no Centro do Rio, receberá até novembro uma série de palestras gratuitas, dentro dos projetos já existentes "Galeota Real – Exposição na Ilha Fiscal" e "Uma Joia na Baía: recuperação estrutural, conservação e restauração do conjunto arquitetônico da Ilha Fiscal". As palestras, que vêm acontecendo desde setembro, garantem certificação gratuita para cada visitante e um voucher para visitar gratuitamente a Ilha Fiscal após sua reabertura, prevista para o início de 2023. Datas e inscrições estão disponíveis no Sympla.

As palestras terão como temática a história da Galeota Real - embarcação que serviu de transporte para a Família Real – bem como a relevância histórica da Ilha Fiscal, a vinda da corte portuguesa para o Brasil, o último baile promovido pelo império antes da proclamação da república e seus desdobramentos. Além disso, serão tratados também temas referentes à promoção de eventos culturais, como perfil de público e leis de incentivo à cultura.

Já na próxima quarta-feira (5), com início às 13h30, os interessados poderão acompanhar palestras sobre a embarcação Galcota e sobre o impacto do futuro Museu Marítimo do Brasil, que será construído no píer do Espaço Cultural da Marinha, também na Região Central, antiga Doca da Alfândega. As apresentações seguem pelos dia 19 de outubro e nove de novembro.

Atualmente, a Ilha está fechada para passar por reformas estruturais que visam melhorar as condições de visitação.
O Museu Naval fica localizado na Rua Dom Manuel 15, na Praça XV, no Centro do Rio.

A Ilha Fiscal
No século XIX, quando o Rio de Janeiro ainda era a Capital do Brasil, foi construído um posto da alfândega para aumentar o controle sobre as mercadorias que chegavam ao país por meio do Porto. Denominada Ilha Fiscal, o local foi escolhido pela localização privilegiada, na Baía de Guanabara. A arquitetura da construção foi planejada pelo próprio Dom Pedro II, para não criar conflitos entre o prédio e a paisagem natural da ilha.

Transferida para a Marinha do Brasil pelo Ministério da Fazenda, em 1913, a Ilha hoje faz parte do Complexo Cultural da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM). O local ficou conhecido por abrigar o "último baile do império", realizado alguns dias antes da Proclamação da República. Décadas depois, a Ilha Fiscal faz parte das principais atrações turísticas da capital fluminense.