Vítima conheceu o rapaz em um site de acompanhantes de luxo reprodução Rede Social

Rio - O garoto de programa Victor Rodrigues Assunção, de 22 anos, foi preso em flagrante pelo crime de extorsão contra um cliente em Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (5).

De acordo com a denúncia, a vítima, um empresário que teve a identidade preservada, contratou o serviço de acompanhante de luxo na quinta-feira passada (29) por meio de um site dedicado à prostituição masculina. O ato ocorreu como combinado, mas no momento do pagamento, Victor revelou que teria gravado parte da relação sexual e que enviaria o vídeo para o marido do cliente caso não fosse feito um pagamento de R$ 2 mil. Como condição para deixar o local do encontro e preservar seu casamento, a vítima pagou a quantia exigida pelo garoto de programa.

No entanto, nesta quarta-feira (5), o suspeito continuou a pedir dinheiro para não publicar o vídeo da relação sexual. Após nova ameaça, a vítima procurou a 12ª DP (Copacabana).

A delegada titular da unidade, Natacha Oliveira, informou que após a denúncia, agentes iniciaram diligências para identificar e capturar o autor do fato, o que ocorreu poucas horas depois quando Victor foi interceptado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, por volta das 18h do mesmo dia.
"Essa modalidade de extorsão geralmente apresenta elevada subnotificação das ocorrências criminais, haja vista as pessoas, por vezes, não denunciarem o fato às delegacias de polícia por temerem a exposição de sua intimidade. Nossa orientação é que não deixem de registrar os casos, justamente para que esses criminosos sejam identificados e punidos e não façam novas vítimas", disse a delegada.

Na distrital, Victor confessou a prática criminosa. Ele também já possuía passagem pela Polícia Civil de São Paulo pelo mesmo crime. Na ocasião, um aposentado de 60 anos procurou a delegacia para relatar que, após pagar R$ 500 por um programa sexual com o rapaz, mais R$ 60 para um carro de aplicativo para locomoção, ele passou a exigir, por mensagens enviadas pelo WhatsApp, transferências bancárias para não divulgar um vídeo íntimo dos dois. O caso ocorreu em novembro do ano passado, na cidade de Campinas.

Ele relatou ainda no depoimento que aprendeu a praticar esse golpe com uma amiga transexual que utilizava do mesmo artifício para obter vantagens indevidas.