Homens correspondem a 92,7% dos casos confirmados de varíola dos macacosDivulgação/MS

Rio - A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que, nesta sexta-feira (7), Rio de Janeiro tem 1.120 casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox). Além disso, 351 pacientes estão em investigação e 121 são tratados como prováveis, ou seja, com exame inconclusivo ou não coletado. Outros 2.200 foram descartados.

O estado registra um total de 3.792 casos notificados, dois óbitos, uma pessoa em tratamento com Tecovirimat e quatro com tratamento experimental concluído. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS-RJ) e foram atualizados às 15h12.

Em relação à região, a Metropolitana I tem 947 desses casos confirmados, representando 84,55% dos números. Também foram registrados 119 na Região Metropolitana II, sete na Região Serrana, nove no Médio Paraíba, três no Norte Fluminense, 11 na Baixada Litorânea, dois no Noroeste do Estado do Rio e 19 não informados.

Do total de pacientes infectados pela doença, 1.038 são homens, correspondendo a 92,7%. Além disso, são 785 casos estão concentrados em pessoas na faixa etária dos 20 e 39 anos.

As erupções cutâneas e a febre ainda são os principais sinais da doença. No estado, 983 casos apresentaram as feridas como sintoma, ao passo que 643 pessoas queixaram-se de febre.

Vacina contra varíola dos macacos

O Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou, no último dia 28 de setembro, que a vacina contra a varíola dos macacos tem se mostrado altamente eficaz na oferta de proteção duas semanas após a primeira dose.

Uma análise preliminar publicada pela agência americana concluiu que entre 31 de julho e 3 de setembro, as pessoas não vacinadas tinham um risco 14 vezes maior de contrair a doença em relação às imunizadas, 14 dias depois da primeira dose.

Os resultados se basearam em infecções confirmadas em 32 jurisdições de todo o país. Os Estados Unidos registraram mais de 25 mil casos no surto atual, que começou em maio deste ano e afetou principalmente homens que fazem sexo com outros homens.

No entanto, apesar de ter sido aprovada, ainda não há uma estimativa de eficácia confirmada para a vacina Jynneos contra a varíola do macaco porque os estudos anteriores só analisaram animais e coletaram dados de resposta imune humana.

Em todo o mundo, mais de 68 mil casos de varíola do macaco foram detectados, mas as novas infecções diminuíram muito desde agosto.
Os Estados Unidos administraram mais de 680 mil doses da vacina Jynneos, concentrando seus esforços em homens homossexuais e bissexuais, além de pessoas transgênero e de gênero diverso.

O coordenador adjunto de resposta à epidemia da Casa Branca, Demetre Daskalakis, disse que a campanha avança para uma nova fase na qual a vacina será ofertada a pessoas sem exposição prévia substituindo àquelas que tiveram algum tipo de contato.

Para reduzir o estigma, a nova diretriz permite aos profissionais de saúde administrar a vacina em áreas do corpo menos visíveis, incluindo ombros e a parte superior das costas em vez do antebraço.