Meninas a partir de 12 anos terão mais autonomia em unidades de atenção primária do município do RioAgência O Dia

Rio - Em meio às celebrações do Outubro Rosa, mês de conscientização da importância de prevenção do câncer de mama, as jovens do município do Rio têm outra data para garantir mais direitos à saúde da mulher: o Dia da Menina, celebrado em 11 de outubro. Com o objetivo de incentivar esse grupo a procurar assistência médica e garantir uma rotina de consultas preventivas mais frequentes, as unidades de atenção primária à saúde da Prefeitura do Rio darão mais autonomia a quem buscarem atendimento: a partir de 12 anos, as meninas já podem ir sozinhas aos postos para marcar e realizar as consultas.
Segundo a gerente da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio), Cláudia Dames, à medida que crescem, a assistência à saúde das meninas acaba negligenciada pela própria família. A ação da pasta visa ampliar a faixa etária de atendimentos na rede.
"Adolescentes, em geral, têm uma certa resistência em ir a uma unidade de saúde procurar ajuda, por nunca acharem que estão doentes. A partir de agora, a menina não precisará mais estar acompanhada dos pais para realizar qualquer consulta, para pedir um anticoncepcional, uma pílula do dia seguinte, pegar preservativo, ou qualquer outro serviço. É ela quem traz a demanda e nós acolhemos, de acordo com a necessidade", disse.
De acordo com a secretaria, a medida visa garantir o cuidado, além de preservar a privacidade das meninas. No entanto, ainda que possibilitem o acesso sozinhas, em casos mais delicados, as pacientes serão orientadas a dialogarem com os pais para que eles também passem a acompanhar as consultas.

Para marcar um atendimento, atualizar as vacinas de rotina, ou usufruir de qualquer outro serviço de saúde, os responsáveis - ou a própria jovem - podem procurar a Clínica da Família, ou Centro Municipal de Saúde mais perto da sua casa. A recomendação do órgão é que as meninas procurem os serviços, pelo menos, uma vez por ano. Lá, elas serão acolhidas pelas equipes e, se necessário, serão encaminhadas para uma unidade de especialidade clínica.