Caso não seja tratada, a doença pode levar a paralisia, cegueira, demência e a morteMarcello Casal Jr./Agência Brasil
O alerta para o crescimento da doença no estado foi divulgado na data em que se celebra o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. De acordo com o Boletim Epidemiológico Sífilis do Ministério da Saúde de 2021, o Rio de Janeiro registra taxa de 21,1 casos por mil nascidos vivos; quase três vezes acima da notificação nacional (7,7 casos para cada mil nascidos vivos).
Apesar do aumento dos casos, a Secretaria registrou queda de 13% no número de mortes provocadas pela doença, de 2020 (216) para 2021 (188).
Ainda segundo a Secretaria de Saúde fluminense, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem contribuir para enfrentar a doença, que tem tratamento, com injeções de penicilina, e pode ser curada.
Sífilis
A doença se desenvolve em três estágios. No primeiro, ela se manifesta até o 90º dia após o contágio por meio de uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). A ferida não dói, não coça, não arde e não tem pus, mas pode estar acompanhada de ínguas na virilha.
O segundo estágio se desenvolve após o surgimento e cicatrização espontânea da ferida, quando surgem manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés.
No estágio mais avançado, os órgãos internos (cérebro, olhos, nervos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações) podem ser danificados, mesmo após décadas da doença.
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