Homem apontado como dono de jogo do bicho em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, é presoDivulgação

Rio - Policiais do 40º BPM (Campo Grande) prenderam, na tarde desta terça-feira (18), um contraventor envolvido com a liderança do jogo do bicho na Rua Augusto de Vasconcelos, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Rubem dos Santos Fonseca foi apreendido R$ 233 em espécie, cinco blocos numerados, uma máquina de apostas e diversos talões de anotação.
A ocorrência foi encaminhada para a 35ª DP (Campo Grande) onde o caso foi registrado. Rubem está detido e segue à disposição da Justiça.
Baixa no jogo do bicho das zonas Oeste e Sul
Material apreendido na operação sendo levado pela perícia - Marcos Porto/Agência O Dia
Material apreendido na operação sendo levado pela períciaMarcos Porto/Agência O Dia
Na última sexta-feira (14), cinco pessoas foram presas e outras sete conduzidas para a delegacia na segunda fase da Operação Calígula deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em endereços localizados em bairros das zonas Oeste e Sul. A ação tinha o objetivo de combater a organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e seu filho Gustavo de Andrade, que explora jogos de azar. Ambos estão presos desde o dia 4 de agosto.

Na ação, um bingo clandestino foi fechado em uma casa de luxo em São Conrado, conhecida como Mansão São Conrado Las Veras. No local, máquinas do jogo do bicho e 79 máquinas caça-níqueis foram apreendidas em um dos cômodos da residência e, em uma delas, os agentes encontraram mais de R$ 4 milhões. Os agentes ainda apuram se o valor era do faturamento total da máquina. Ainda foram encontrados e levados para apurações chips telefônicos, documentos, aparelhos celulares e computadores.

As sete pessoas, apontadas como apostadores, estavam na casa desde a madrugada e foram levadas para a 15ª DP (Gávea) para prestar esclarecimentos.
As investigações que levaram à segunda fase da Operação Calígula apontaram que as atividades da organização criminosa liderada por Rogério e Gustavo seguiram normalmente, explorando jogos de azar nas localidades dominadas pelo grupo, apesar da prisão de seus líderes. Segundo o MPRJ, o grupo explora jogos de azar em uma complexa estrutura baseada na corrupção de agentes públicos, prática de atos de violência e lavagem de dinheiro.

As novas apurações mostram também que servidores da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap), que administra a unidade prisional em que estão Rogério e Gustavo, estavam na folha de pagamento do grupo, recebendo mensalmente valores em troca de favores aos pagadores e de outros comparsas detidos em penitenciárias do Estado.