Fachada do Colégio Pedro II no bairro São CristóvãoAgência O Dia
A insituição publicou um comunicado no seu site oficial, nesta terça-feira (25), informando que o aluno identificado como responsável pelas ameaças foi afastado cautelarmente do campus, e "os devidos atendimentos aos estudantes e responsáveis estão em andamento".
“Recebemos informações de que um dos nossos estudantes disseminou, em um perfil de WhatsApp, graves ameaças à escola, servidores e estudantes. Diante da gravidade do conteúdo e da nossa responsabilidade primeira com a segurança de nossa comunidade escolar, foram realizados os procedimentos institucionais cabíveis, tanto em âmbito pedagógico quanto administrativo. Informamos que as devidas instâncias intra e extra institucionais foram acionadas, assim como foi instaurado um processo sigiloso de apuração por meio da abertura de uma Comissão Disciplinar. Seguimos atentos e abertos ao diálogo com toda comunidade escolar”, finalizou em nota.
O assunto repercutiu nas redes sociais e assustou a comunidade escolar. De acordo com o irmão de um dos alunos da instituição, o advogado Lucas Barbosa, 23 anos, os estudantes receberam ameaças referente a um suposto massacre marcado para o dia 7 de novembro.
“Meu irmão é estudante do Colégio Pedro II de São Cristóvão e chegou hoje dizendo que não queria ir para a escola dia 7. Perguntei para ele o motivo e ele disse: ‘Tem um massacre agendado lá’. Logo depois, chegou pelo WhatsApp dele os prints da conversa de um menino de 13 anos com outro, ambos estudantes do Pedro II, detalhando o que pretendiam fazer. E tinha de tudo: ameaças de massacre, tortura, violência sexual, discriminação contra LGBTQIA+, e racismo. Os dois planejavam conseguir três fuzis e armas brancas”, disse.
Ele comentou ainda que ficou assustado com a situação mesmo não acreditando que duas crianças poderiam conseguir uma arsenal de armas ou executar algo dessas proporções. Segundo o advogado, o pior é que alguns estudantes estão levando a situação como uma brincadeira.
Nas redes sociais, alunos demonstraram medo após as ameaças. “O que passa na cabeça de uma pessoa que pensa em entrar numa escola e matar pessoas? É apavorante ver que nós não estamos seguros nem dentro da escola”, disse um aluno.
“Um aluno do Colégio Pedro II fez graves ameaças contra a escola e estudantes pelo Whatsapp. A sensação que eu tenho é que estamos apenas observando e esperando a tragédia acontecer”, relatou outra estudante.
Procurada, a direção da unidade informou ainda que policiais militares compareceram ao campus, onde foi aberto um boletim de ocorrência junto aos agentes nesta terça-feira (25). "Inclusive, a direção está tratando com o 4º BPM (São Cristóvão) a solicitação de reforço na segurança do entorno do campus", disse em nota.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.