Quatro casas de bingo foram estouradas na Operação CalígulaReprodução
Operação contra organização criminosa de Rogério de Andrade prende uma pessoa e cumpre 15 mandados de busca e apreensão
Após segunda fase da Operação Calígula, aliados do bicheiro continuavam a praticar atividade ilícitas, o que desencadeou uma nova ação da Justiça
Rio - A terceira fase da Operação Calígula, denominada 'Ludópata', contra a organização criminosa chefiada pelo bicheiro Rogério de Andrade, prendeu, nesta sexta-feira (4), uma pessoa em flagrante e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à facção, na Zona Oeste e Capital. O suspeito foi detido por posse de arma de uso restrito. A ação teve o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro e os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado.
Na primeira fase da 'Operação Calígula', realizada pelo MPRJ, 30 pessoas foram denunciadas por envolvimento com a organização criminosa liderada por Rogério de Andrade e o filho Gustavo de Andrade, que exploravam jogos de azar em uma complexa estrutura fundamentada na corrupção de agentes públicos, na prática de atos de violência e na lavagem de dinheiro.
Posteriormente, surgiram novos elementos relacionados à facção, indicando que, a despeito da prisão de grande parte dos denunciados na primeira fase da operação, o grupo não interrompeu suas atividades ilícitas. Desta forma, foi deflagrada a segunda fase da Operação Calígula, que culminou com o fechamento de um bingo localizado em São Conrado, além da prisão de cinco pessoas, da condução de outras sete à Delegacia de Polícia para prestar declarações e da apreensão de 79 máquinas caça-níquel, bem como de vasta quantidade de aparelhos celulares, computadores, máquinas de jogo do bicho, chips telefônicos, documentos e valores em espécie.
A partir dos documentos apreendidos na segunda fase, bem como de informações de inteligência, foi indicando que a organização liderada por Rogério e Gustavo seguiu praticando as mesmas atividades ilícitas. Frente a essas informações, foi requerida à 1ª Vara Criminal Especializada da Capital a expedição de outros 15 mandados de busca e apreensão.
Os mandados cumpridos revelaram novos escritórios utilizados pela organização criminosa, assim como resultaram no fechamento de um galpão utilizado para guarda de caixonetes de máquinas caça-níquel e vasto mobiliário para utilização em casas de apostas. Foram apreendidos cinco telefones celulares, um notebook, aproximadamente R$ 29 mil em espécie, nove armas de fogo de diversos calibres, acessórios para armamentos, centenas de munições de calibres distintos, duas máquinas de apostas, diversos canhotos de jogos, noteiros e 721 bens móveis.
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