Defensoria Pública Estado do Rio de Janeiro realizou mutirão para auxiliar imigrantes e refugiados neste sábado (5)Divulgação

Rio - A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro realizou, neste sábado (5), um mutirão de atendimento a imigrantes e refugiados na Escola Municipal Ministro Edgard Romero, em Madureira, na Zona Norte. A ação tem como objetivo auxiliar juridicamente e dar suporte e acolhimento para quem busca recomeçar a vida no país.
 
Em parceria com as secretarias municipais de Saúde e Educação e estadual de Assistência Social, além de entidades da sociedade, a Defensoria informou que o projeto atende mais venezuelanos e congoleses. A maioria são homens, de até 40 anos, com baixa escolaridade.
A maior parte dos auxiliados está fugindo por conta de perseguição política, já que vivem em países antidemocráticos que perseguem quem luta contra o governo. No caso dos venezuelanos, a Defensoria explica que se mudam para o Brasil em busca de melhores condições de vida.
A venezuelana Moraima Luiz, de 59 anos, conta que veio para o país há 4 anos e que na Venezuela fazia artesanato e gostaria de regularizar seu negócio aqui. Moraima, que atualmente trabalha como autônoma, relata que é muito melhor viver no Brasil.
Sobre o projeto
A iniciativa é parte da segunda edição do projeto Rota de Direitos, que busca estabelecer uma atuação conjunta, e interinstitucional para o atendimento a grupos de refugiados, que vem crescendo devido a crises humanitárias em diversos países. O Rio de Janeiro tem sido um destino frequente para pessoas que fogem da terra natal em busca de abrigo.
Entre 2021 e 2022, a Defensoria do Rio realizou seis ações do Rota de Direitos. Entre as organizações que já foram parceiras na inciativa estão as ONGs Aldeias Infantis SOS, Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e Centro de Atendimento ao Refugiado da Associação São Vicente de Paulo. Neste ano, as edições ocorreram na sede da ONG Aldeias Infantis e no Museu de Arte do Rio.
"O projeto surgiu da articulação de diversas instituições preocupadas na construção de políticas públicas para a população imigrante e, justamente pela participação e construção conjunta com diversos atores, possui um potencial enorme de trazer respostas às demandas apresentadas, em especial de regularização migratória", frisou a defensora pública Gislaine Kepe.