Paulo José Arronenzi é acusado de matar a ex-mulher na frente das filhas do casalReprodução

Rio - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) deu início, nesta quinta-feira (10), ao julgamento de Paulo José Arronenzi, acusado de matar a facadas a ex-mulher, a juíza Viviane Viera do Amaral, na frente as filhas do casal, na véspera do Natal de 2020. A sessão começou por volta de 14h30 e foram ouvidos a mãe, o irmão e uma amiga da vítima.
Durante o depoimento, Sara Vieira do Amaral, mãe de Viviane, relatou que soube da morte da filha pela neta de 9 anos, que a ligou após ver a própria mãe receber 16 facadas. Além disso, Sara falou sobre o trauma das netas em relação ao crime. "Atualmente, cada uma está com uma psicóloga. Elas estão indo bem, estão se adaptando na escola", disse.
O crime ocorreu na véspera do Natal de 2020, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Viviane levava as crianças para passar a data com o pai. Paulo foi preso em flagrante, logo após o crime, por guardas municipais. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado "pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro".
Na época, um vídeo foi divulgado, mostrando o momento do assassinato. Nas imagens, aos gritos, as crianças pedem para que o pai pare de golpear a mãe.
Paulo foi denunciado por homicídio quintuplamente qualificado, considerando a prática de feminicídio, ou seja, a vítima foi morta por ser mulher. Outras qualificadoras são pelo fato do crime ter sido praticado na presença de três crianças e por motivo torpe, já que o acusado a matou por não se conformar com o fim do relacionamento.