Rodrigo Faucz, advogado que representa FlordelisCleber Mendes / Agência O Dia

Rio - A ex-deputada federal Flordelis, seus filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva, e sua neta Rayana dos Santos de Oliveira, acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, não responderam as perguntas elaboradas pelo Ministério Público, pela assistente de acusação e pela juíza Nearis Carvalho Arce, segundo o advogado de defesa Rodrigo Faucz. A fase final do julgamento dos réus começa neste sábado (12) no Fórum de Niterói.
De acordo com Faucz, o interrogatório irá começar com André, seguido de Marzy, Simone, Rayane e por último Flordelis. O advogado ainda ressaltou que testemunhas comprovaram que não houve envenenamento e vínculo dos seus clientes com a morte do pastor.
"Foi comprovado a partir das testemunhas e das provas técnicas que, primeiro o envenenamento não aconteceu. É uma ilação absurda da acusação que não tem nenhum lastro e nem indícios. E segundo, em relação ao homicídio consumado, não há qualquer vinculação de Flordelis, de Rayane, de Rarzy e de André com o fato. Não tem como falar que eles tem qualquer responsabilidade na morte do pastor", explicou a defesa.
Faucz ainda completou que não defende Simone e, por isso, não poderia falar por ela. Nesta sexta-feira (11), durante o quinto dia de oitivas, as testemunhas de defesa reforçaram um suposto comportamento abusivo de Anderson do Carmo com os filhos de Flordelis. Para Angêlo Máximo, advogado da família do pastor, a tese de abuso sexual seria leviana com o seu cliente.
"Eu vejo como espanto conforme sempre falei. Uma tese defensiva absurda e leviana com quem não está mais aqui para se defender. O crime não aconteceu por esses fatos porque eles são muito anteriores. O crime aconteceu sim por poder e dinheiro. A tese é totalmente vazia caso queiram manter o estupro no plenário", disse a acusação.
Por causa da quantidade de depoimentos a serem colhidos, há a possibilidade da fase final se estender para este domingo (13). É estimado que esta fase do julgamento dure cerca de 12 horas. Cada réplica e tréplica podem durar até duas horas.
Após todo esse debate, cabe aos jurados a decisão de condenar ou inocentar os réus. A juíza irá realizar uma série de perguntas para que os sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres, possam responder e julgar os réus. Já com a decisão em mãos, a magistrada realiza a sentença. 
A audiência, que estava marcada para começar às 10h, começou com 40 minutos de atraso por causa da ausência dos réus. O primeiro a falar é André Luiz de Oliveira.