Sepultamento do major do Corpo de Bombeiros Wagner Luiz Melo Bonin, de 42 anos, no CemitMarcos Porto/Agencia O Dia

Rio - Salva de tiros, cortejo e chuva de pétalas. A despedida do major do Corpo de Bombeiros Wagner Bonin, de 42 anos, no cemitério Parque de Mesquita, em Mesquita, Baixada Fluminense, na manhã deste sábado (19), foi marcada por homenagens ao militar. O bombeiro foi assassinado por traficantes do Bairro São Matheus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na última quarta-feira.
"O major foi um excelente militar. Há oito anos na fileira do Grupamento de Operações Aérea. É uma perda irreparável para toda a nossa corporação e para a sociedade. Ele era um bombeiro militar exemplar. É isso que vai ficar como lembrança do major", pontuou o tenente-coronel Mario Luiz Pereira Verdini, comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), ao qual o major era integrante.
A despedida do militar no Jardim da Saudade foi marcada pela dor dos familiares e pelas homenagens dos colegas de farda. A viúva do major acompanhou inconsolável o cortejo ao corpo do militar. Ela foi acompanhada de perto por outros familiares. Cerca de cem pessoas participaram da despedida, que começou por volta das 10h, com o velório e, na sequência, o sepultamento. 
Durante a despedida, colegas de farda fizeram uma salva de tiros em homenagem ao major. Uma chuva de pétalas de rosa foram lançadas sobre o local do enterro pelo helicóptero do grupamento aéreo do Corpo de Bombeiros.
Bonim foi sequestrado por traficantes que atuam no bairro São Matheus, após ser flagrado pelos criminosos tirando fotos de barricadas na comunidade. O major já havia sido morador da região, por isso registrava a situação em que se encontravam as ruas de acesso. Após ser levado e morto pelos criminosos, o major teve seu corpo encontrado no interior do Complexo do Chapadão, Zona Norte. 
Um dos criminosos envolvidos na morte do major foi preso nesta quinta-feira (17), na Avenida Brasil. Detido por PMs do Batalhão de Patrulhamento de Vias Expressas (BPVE), o suspeito confessou ter participado do crime.
Segundo o tenente-coronel Verdini, o major era um exemplo para os outros militares da corporação: "O major era atencioso, sincero, estudioso e honesto. Isso para a gente significa demais. Isso para gente no Grupamento de Operações Aéreas e do Corpo de Bombeiros significa demais",  contou.
Com o bombeiro, chega a 51 o número de agentes de segurança assassinados em ações violentas no Rio, somente neste ano, sendo 33 PMs; cinco militares da Marinha, um da Aeronáutica e um do Exército; cinco policiais civis; dois policiais penais; um guarda municipal e um agente do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).