Ocorrência foi registrada na 72ª DP (Central de Flagrantes).Reprodução/ Redes Sociais @Pcerj
De acordo com informações da assessoria de comunicação da instituição, o suspeito havia se escondido na casa de familiares, na Comunidade do 40, em São Gonçalo. Na última quarta-feira (23), agentes da polícia se dirigiram para o local e realizaram uma operação para prendê-lo.
Porém, ao entrarem na comunidade, os agentes foram recebidos a tiros por traficantes, o que, segundo a polícia, possibilitou a fuga de Aldemir. Horas após o incidente, ele se apresentou na delegacia, onde foi detido.
Em entrevista ao DIA, o advogado responsável pela defesa de Mariana, Joab Gama, informou que a família dela está aliviada com a prisão do suspeito e agora aguarda sua condenação.
"Os familiares dela estão muito felizes com a prisão. Antes eles temiam que ele fugisse do estado, dada a gravidade do crime que ele cometeu e agora ele está a disposição da justiça e a gente vai vigiar de perto, atuando junto no processo, na acusação, junto do Ministério Público. Agora esperamos para que ele seja julgado e, consequentemente, condenado, para que outras pessoas não passem pelo mesmo que a Mariana passou", relatou Gama.
Tentativa de feminicídio
Durante a madrugada do dia 16 de novembro, Mariana foi golpeada diversas vezes, com uma faca, no pescoço, peito, braços e pernas. Mesmo gravemente ferida, ela conseguiu fugir e foi socorrida por moradores vizinhos, que a levaram para o hospital.
Aldemir chegou a ser detido no último domingo (20), quando tentou visitar a vítima internada, e familiares de Mariana o impediram de se aproximar dela e chamaram a polícia. Ele foi conduzido a outra delegacia, que não era a responsável pelo caso, mas acabou sendo liberado mesmo depois de confessar o crime.
"Só que ele foi conduzido a 74ª DP e autoridade policial que estava lá de plantão à noite, não entendeu dessa forma, colheu o depoimento e, como foi tudo feito na 74ª DP, eles parecem que não se interessaram muito porque a circunscrição é da 72ª DP, então só colheram o depoimento dele e o mandaram para a 72ª DP. O delegado da 72ª DP foi muito solícito, muito atencioso, deu todas as informações para a gente e fez questão de participar de todos os atos e o policial chefe de lá também ficou em contato direto comigo, e aí foi outra história", relatou o advogado.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil vai instaurar um procedimento interno para apurar os fatos.
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