Grupo Pela Vidda distribui laços vermelhos, que simbolizam a luta e a solidariedade frente ao HIVCléber Mendes / Agência O Dia
ONG realiza ato para marcar Dia Mundial da Luta contra a Aids
Grupo Pela Vidda organiza tenda no Centro do Rio com informativos, orientações e teste rápido de HIV
Rio - O grupo Pela Vidda realizou um ato nesta quinta-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids. Na Praça Mauá, no Centro do Rio, a instituição organizou, entre 11h e 15h, uma tenda para informar e orientar sobre o HIV e Aids, alertando sobre os preconceitos ligados ao vírus e à doença. A ONG também realizou testes rápidos de HIV para os interessados.
"Foi importante porque muitos jovens puderam receber orientação, saber o que é essa data, o porquê é. A gente passou nosso informativo, que fizemos específico para 1º de dezembro. Também fizemos ações de prevenção e testagem rápida do HIV com amostra de fluido oral. Acreditamos que abordamos cerca de 100 pessoas que estiveram na nossa tenda", explicou Márcio Villar, coordenador geral do Pela Vidda.
O grupo chama atenção para os preconceitos que impactam na incidência de casos de infecção por HIV e mortes por Aids: o racismo estrutural, a LGBTIfobia e o estigma contra as pessoas que vivem com o vírus. Além disso, a atividade também abordou a luta por direitos e garantias sociais.
"O 1º de dezembro é sempre uma data muito importante para o movimento. A gente reforça a luta e a causa, fazemos um memorial dos ativistas que não estão mais conosco. Fazemos homenagens, principalmente a Herbert Daniel, que fundou o grupo Pela Vidda. Também tivemos uma equipe em torno de 10 voluntários atuando com a gente, tanto nas orientações quanto na testagem", conta Márcio.
A ONG decorou o local com faixas, cartazes e laços vermelhos, que simbolizam a luta e a solidariedade frente ao HIV. Também foram distribuídos kits de prevenção com preservativos e informativos sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e Covid-19.
Neste dia 1º de dezembro, oito monumentos cariocas receberão a iluminação vermelha: Cristo Redentor, Arcos da Lapa, passarela da Rocinha, Câmara Municipal, Cidade das Artes, Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio (MAR) e os chafarizes do Parque Madureira.
As ações são realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela Secretaria de Governo e Integridade Pública (SEGOVI), através da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual (CEDS). O intuito é lembrar a sociedade da importância do combate, das pesquisas científicas e da prevenção ao HIV, e também do enfrentamento ao preconceito e ao tabu que ainda existem em torno da doença.
O Rio de Janeiro tem 47 mil pessoas vivendo com HIV, que estão cadastradas nos serviços de saúde para dispensação da medicação. Na cidade, são registrados, em média, 2.200 novos casos por ano.
A unidades de atenção primária, como clínicas de família e centros municipais de saúde, oferecem livre acesso para orientação pré-teste, testagem e pós teste de HIV. Todo o tratamento e medicação são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"O SUS tem o maior programa do mundo contra o HIV, que teve sua origem na década de 1980 e foi primordial para o controle da doença no País. Hoje, os pacientes têm direito garantido à medicação que lhes dá qualidade de vida. Mas não é porque a doença já não mata como no passado que podemos relaxar. Os serviços de saúde e a sociedade precisam se manter sempre atentos, provendo e consumindo informações de qualidade sobre a doença e, principalmente, para a prevenção e a quebra dos preconceitos. Por isso as ações do Dia Mundial de Luta contra a Aids e do Dezembro Vermelho são tão importantes", disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
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