A delegada Adriana Belém foi um dos alvos da Operação CalígulaArquivo/ Agência O Dia

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) adiou a audiência de instrução e julgamento da delegada aposentada Adriana Belém, que seria realizada nesta segunda-feira (5), para o dia 6 de fevereiro de 2023. A audiência se refere ao processo que a policial é acusada de lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada pelo advogado Marcos Crissiuma, que representa a delegada.
É a terceira vez que o julgamento é adiado. A decisão foi protocolada pelo juiz Marcello Rubioli provocada pelo ponto facultativo devido ao jogo do Brasil contra a Coreia do Sul pelas oitavas de finais da Copa do Mundo. Segundo a defesa, não houve pedido de adiamento e a vontade é que o julgamento se resolva o mais rápido possível.
"Ela quer esclarecer as coisas. Não tem nenhum interesse de procrastinar nada. A decisão foi do juiz e não tem o que fazer. Não há expediente no Tribunal em jogo do Brasil", explicou Crissiuma. 
O processo já foi adiado duas vezes. Em 28 de outubro, a audiência seria realizada, mas foi remarcada devido a ausência do delegado Marcus Vinicius de Almeida Braga, que substituiu a delegada quando ela entregou o cargo. O outro adiamento aconteceu devido a não intimação de testemunhas de defesa.
Adriana foi presa no dia 10 de maio acusada de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ela foi detida pela Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Calígula que mirava uma organização criminosa de jogo de bicho liderada por Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade.

Ela foi denunciada por corrupção em razão da liberação das máquinas de caça-níqueis e teve a prisão preventiva deferida pela própria Vara Especializada do Tribunal de Justiça, após agentes localizarem em seu apartamento em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quase R$ 2 milhões em espécie em bolsas e sapato de marcas de luxo.
Em outubro, a Polícia Civil aposentou Belém do cargo de delegada. No mesmo mês, ela deixou a prisão depois do juiz Bruno Monteiro Rulière substituir a prisão preventiva em cumprimento de medidas cautelares como o afastamento de funções públicas.