A delegada Adriana Belém foi presa após investigadores encontrarem quantia de R$ 1,8 milhão em seu apartamentoReprodução Instagram

Rio - A Polícia Civil aposentou a delegada Adriana Belém, presa e denunciada em maio deste ano após a Operação Calígula, que mirou uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério Andrade com a participação do PM reformado Ronnie Lessa. A decisão do foi publicada na edição de terça-feira passada (4) do Diário Oficial do Governo do Estado. 

Adriana foi denunciada por corrupção em razão da liberação das máquinas de caça-níqueis e teve a prisão preventiva deferida pela própria Vara Especializada do Tribunal de Justiça, após agentes localizarem em seu apartamento em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quase R$ 2 milhões em espécie em bolsas de sapato de marcas de luxo. Devido à quantia apreendida ela também responde por lavagem de dinheiro.

De acordo com a denúncia, a delegada e outros agentes públicos solicitaram e receberam vantagens indevidas para retardar operações ou negligenciar atos de ofício, favorecendo as atividades criminosas cometidas pelo grupo.

Em setembro, Adriana teve a prisão revogada pelo juiz Marcello Rubioli no processo no qual responde por lavagem de dinheiro. Com isso, ela deixaria o presídio com medidas cautelares, o que não aconteceu já que a prisão preventiva por corrupção passiva foi mantida.
Adriana Belém esteve por anos à frente da 16ª DP (Barra da Tijuca). Ela entregou a titularidade da distrital em janeiro de 2020, um dia depois de o chefe do Setor de Investigações (SI) da delegacia, o inspetor Jorge Luiz Camilo Alves, ser preso na operação Os Intocáveis II. Antes de ser presa, ela ocupava um cargo de assessora na Secretaria municipal de Esportes do Rio, mas foi exonerada.