Homem atropelado e morto por viatura dos bombeiros sonhava em trabalhar como jornalista esportivo
Durante o sepultamento a mãe do jovem, muito abalada, se recusou a deixar que o caixão fosse fechado e precisou ser consolada pela família
Sepultamento de João Paulo Sodré Campos, no Cemitério de Inhaúma, que morreu ao ser atropelado por uma viatura do corpo de bombeiros, na Av. das Américas. Na foto, mãe e irmã (camisa do Vasco) de João Paulo. - Cleber Mendes/ Agência O Dia
Sepultamento de João Paulo Sodré Campos, no Cemitério de Inhaúma, que morreu ao ser atropelado por uma viatura do corpo de bombeiros, na Av. das Américas. Na foto, mãe e irmã (camisa do Vasco) de João Paulo. Cleber Mendes/ Agência O Dia
Rio - "Ele tinha o sonho de atuar como jornalista esportivo, mas não conseguiu". O desabafo é de João Paulo Rodrigues, primo de João Paulo Sodré Campos Amaral, 29 anos, morto após ser atropelado por uma viatura do Corpo de Bombeiros na Avenida das Américas, na Zona Oeste, no último dia 2. O sepultamento do jovem ocorreu nesta terça-feira (6) no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, e durante as últimas homenagens, a mãe do jornalista, muito abalada, se recusou a deixar que o caixão fosse fechado e precisou ser consolada pela família.
O primo da vítima ainda explicou ao O DIA que João era apaixonado por esporte e, apesar de não atuar na área, amava a profissão.
"O João era formado em jornalismo. No momento ele não estava atuando, mas ele gostava muito de futebol. Ele era um cara amistoso, que tinha amigos por todos os lados, o sonho dele era trabalhar como jornalista esportivo, mas infelizmente não conseguiu", disse João Paulo.
Amigos reafirmaram a paixão do jornalista por futebol e disseram que ele costumava fazer parte de uma "pelada" entre amigos e narrar partidas em suas redes sociais. João não era casado e vivia com a mãe e a irmã, que não quiseram dar entrevistas.
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O primo da vítima disse também que a família ainda tenta assimilar tudo que aconteceu. O acidente ocorreu quando militares retornavam de uma ocorrência de incêndio e seguiam para outra de colisão, em um veículo do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), e João atravessava a pista seletiva do BRT fora da faixa.
O jovem chegou a ser socorrido de helicóptero pelos bombeiros, mas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS), morreu pouco depois de dar entrada no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon.
O sepultamento que reuniu cerca de 60 pessoas não contou com nenhum representante do Corpo de Bombeiros.
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