Marinete da Silva (direita), mãe de Marielle Franco, recebe prêmio das mãos da deputada estadual Renata Souza Reprodução Instagram
'A história dela transcende', diz mãe de Marielle ao receber prêmio com nome da vereadora
Alerj entregou o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos nesta terça-feira (6) pela primeira vez
Rio - A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) entregou na manhã desta terça-feira (6), através da deputada Renata Souza (Psol), o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos. O evento premiou organizações e personalidades que realizam ações que promovem os direitos humanos no estado.
A sessão solene, realizada no plenário da Alerj, destacou os direitos da população negra, das mulheres e da população LGBTQIA+. Entre os homenageados, estão a mãe de Marielle, Marinete da Silva, e a viúva, a vereadora Mônica Benício (Psol). Para a deputada Renata Souza, a premiação simboliza o que Marielle pregava e o que as instituições e personalidades continuaram realizando.
"O prêmio é um importante reconhecimento da luta de grandes instituições e lideranças que se dedicam incansavelmente à defesa dos direitos humanos. Representa a luta por justiça e a justa homenagem à memória de Marielle Franco", disse a deputada.
O primeiro ano de entrega do prêmio contou com a presença da família de Marielle Franco. Segundo Marinete da Silva, mãe da vereadora assassinada em março de 2018, agradeceu o reconhecimento das pessoas com a luta que a filha pregava.
"Sabemos o quanto que ela tinha compromisso como mulher negra. Eu pari muito bem. A história dela transcende. Marielle sempre estará presente. Eu fico honrada em construir e ver o que outras mulheres estão construindo. Os direitos humanos vão continuar. Vamos continuar com essa contribuição coletiva. A vida do outro tem que ser respeitada", discursou Marinete.
A cerimônia também contou com a entrega da Medalha Tiradentes para o jornalista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Muniz Sodré.
Confira todos os premiados:
- Flávia Oliveira, jornalista;
- Marinete da Silva, mãe de Marielle;
- ONG Anistia Internacional;
- Fundação Rosa Luxemburgo;
- Redes da Maré;
- Instituto Fogo Cruzado;
- ONG Justiça Global;
- Fundação Heinrich Böll Brasil
- Ouvidoria externa da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro;
- Observatório de Favelas;
- Coalizão Negra por Direitos, a qual o pai de Marielle, Antônio Francisco, foi o representante;
- Movimento Negro Unificado;
- ONG Criola;
- Geledés - Instituto da Mulher Negra;
- Casa Preta da Maré;
- Instituto de Mulheres Negras e Herdeiras Candaces;
- Jaqueline Muniz, professora de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF);
- Rafael Soares, jornalista;
- Augusto Sampaio, professor e vice-reitor da PUC-Rio;
- Núcleo Piratininga de Comunicação;
- Coletivo Papo Reto;
- Mídia Ninja;
- Bloco Se Benze Que Dá;
- Instituto Promundo;
- Mônica Benício, vereadora do Rio e viúva de Marielle;
- Casa Resistência Lésbica da Maré;
- Instituto Trans da Maré;
- Projeto Carolinas;
- Iniciativa Absorvendo Amor;
- Niyara Espaço de Acolhimento e Aprendizagem;
- Instituto AzMina;
- ONG Rede Namir;
- Coletivo Mapa das Mina.
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