Polícia faz reconstituição do acidente com carro alegórico que causou morte de menina César Salles / Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (26), o inquérito que investigava a morte de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. Em abril do ano passado, a menina foi esmagada por um carro alegórico da escola Em Cima da Hora na saída do Sambódromo, no Centro do Rio, em 2022. Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio doloso. São elas:
- Flávio Azevedo da Silva, ex-presidente da Em Cima da Hora;
- Daniel Oliveira dos Santos Junior, engenheiro técnico responsável;
- José Crispim da Silva Neto, coordenador da dispersão encarregado pelo acoplamento e guia do reboque;
- Carlos Eduardo Pereira Cruz, motorista reboquista;
 - Wallace Alves Palhares, presidente da Liga das Escolas de Samba da Série Ouro (Liga RJ).
Após o desfile da Em Cima da Hora, o cavalo mecânico e o carro alegórico se deslocavam acoplados no sentido destinado à retirada do veículo da dispersão do Sambódromo. No caminho, o carro colidiu com um poste de concreto, esmagando Raquel.
O inquérito aponta que o veículo apresentava falta de manutenção, oferecendo riscos de acidente e incêndio por conta de sua construção inadequada. Além do descumprimento de normas técnicas, foram cometidas irregularidades no que diz respeito ao Código Nacional de Trânsito.
O relatório final também consta falhas no acoplamento do carro alegórico, na orientação para o deslocamento do veículo, bem como na permanência de crianças sobre o tablado. Por fim, foi apontada a ausência de fiscalização por parte da Liga RJ no dia do evento.
Procuradas, a Em Cima da Hora e a Liga RJ ainda não se posicionaram sobre a conclusão do inquérito.