Secretário de Segurança, Victor Santos, comenta sobre casos de violência no estado do RioArquivo/ Renan Areias/ Agência O Dia

Rio - Após as mortes de pelo menos cinco inocentes no estado do Rio na última semana, o secretário de estado de Segurança Pública Victor dos Santos comentou sobre os recorrentes episódios de violência. Ao DIA, o secretário lamentou as perdas e afirmou que o plano estratégico da polícia do Rio de Janeiro neste momento é apreender armas, além de minar o poder financeiro do tráfico e milícia. 
"Estamos mirando no ataque financeiro dessas organizações criminosas. A Polícia Civil tem feito um trabalho intenso em relação à movimentação financeira das milícias e do tráfico. A gente acredita que essa seja a solução mais eficaz a médio e longo prazo. O ataque financeiro a essas organizações criminosas vai fazer com que a gente consiga tirar esse poderio bélico deles e o poderio de corrupção", disse Victor Santos.
Ainda segundo o secretário, nos últimos cinco meses, a polícia do Rio de Janeiro apreendeu mais de 300 fuzis e mais de 2 mil armas. "O problema ainda é maior na capital, que concentra cerca de 40% da população do estado", disse. Na quinta-feira (20), a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) prendeu Jhonatas Rodrigues Medeiros, o Pardal, em Campo Grande na Zona Oeste do Rio, responsável por chefiar esquema de extorsão na milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A prisão foi considerada pela Polícia Civil um importante passo para desarticular o poder financeiro da organização financeira da milícia. De acordo com as investigações, Zinho criou uma espécie de departamento na quadrilha para coagir e ameaçar comerciantes e empresários para receber propina. O responsável por todo o esquema criminoso era Pardal. 
Moradores estão entre as principais vítimas da violência no Rio
O Rio de Janeiro vive uma série de confrontos violentos entre policiais e criminosos em espaços públicos, resultando em mortes de civis inocentes. Só nesta semana, pelo menos cinco pessoas morreram baleadas em conflitos policiais: Deborah Vilas Boas, de 27 anos, José Carlos da Silva, 64, Marcelo Ressol, de 60, Quetilene Soares Souza, de 37 anos, e o influenciador Mateus da Silva Ferreira, de 22 anos.
O secretário se solidarizou com as famílias das vítimas de bala perdida e incluiu os policiais mortos em operações. "É lamentável. Eu sou pai. Tenho filhos adolescentes. A gente sempre se preocupa com esse tipo de coisa, mas precisamos fazer uma reflexão. Nós temos organizações criminosas no Rio de Janeiro que são de âmbito nacional. Estão em 21 estados do Brasil. É importante a força, a integração com os entes da União e também de outros estados", concluiu.