O agente do Degase foi atingido no rosto e permanece internadoArquivo Pessoal
Na ocasião, o servidor foi perseguido por dois homens em uma motocicleta até próximo de sua residência, onde o garupa gritou já com arma em punho: "Perdeu, Seu". (A expressão costuma ser utilizada por internos). Em seguida, os bandidos dispararam e um tiro atingiu o rosto da vítima. Mesmo ferido, o homem conseguiu reagir e atirou nos suspeitos, que fugiram.
O agente foi socorrido por populares e encaminhado ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde permanece internado. O estado de saúde é estável, mas ele deverá passar por cirurgia para reconstruir parte do maxilar direito, já que o projétil atravessou o pescoço.
Segundo o agente, ele chegou a receber ameaças - algumas pelas redes sociais - quando foi diretor da unidade João Luiz Alves, na Ilha do Governador, na Zona Norte.
O caso está sendo acompanhado pelo Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do Estado do Rio (Sind-Degase). “Precisamos denunciar a insegurança que nossos agentes vivem, perdemos muitos assassinados nos últimos anos”, explicou o presidente João Rodrigues.
As investigações estão em andamento na 60ªDP (Campos Elíseos), onde a ocorrência foi registrada. Até o momento, os suspeitos não foram identificados.
Outros casos
Em 2022, Thiago Costa, diretor do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad), uma das unidades do Departamento Geral de Ações Sócioeducativas (Degase) na Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade, foi morto a tiros durante uma emboscada na Estrada das Canárias, a poucos metros do local onde trabalhava.
Na ocasião, Thiago estava acompanhado também do agente Alexandre Cardoso Lindolfo, que sobreviveu. Eles foram abordados por Kayky Sena de Souza Oliveira, conhecido como Baianinho, e pelo traficante André Luiz Cirino do Nascimento, conhecido 'Parazinho', morto posteriormente em confronto com a Polícia Militar. A intenção dos criminosos era levar os servidores estaduais para o interior da comunidade do Barbante e executá-los, pelo fato de serem agentes de segurança.
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