Wellington Rodrigues Calado tenta desde o início da pandemia realizar uma perícia pelo INSS; coluna isabele benito
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Wellington Rodrigues Calado tenta desde o início da pandemia realizar uma perícia pelo INSS; coluna isabele benito divulgação
Por Isabele Benito
“Dona Isabele, eu preciso muito da sua ajuda. É uma situação muito constrangedora, mas só Deus sabe o que eu já passei por causa desse INSS". O pedido de socorro é do motorista do BRT Wellington Rodrigues Calado, de 46 anos, um morador da Rocinha que desde o início da pandemia tenta fazer uma perícia para auxílio-doença na agência do INSS do Centro.

Ele nem sabe se contraiu covid, mas ficou doente em fevereiro, trabalhando, e teve que ser internado em estado grave no dia 4 de março por causa de água no pulmão e tuberculose na pleura. Desde então, precisou ser afastado. A empresa que Wellington trabalha até conseguiu marcar a perícia para o dia 18 daquele mês, mas ele não compareceu porque estava intubado.

A mulher dele foi até à agência do INSS, explicou a situação, mas foi informada de que ele então ia ter que esperar, já que tudo ia parar por causa do vírus.

“Eu graças a Deus me recuperei, mas até agora não consegui realizar a perícia para levar os documentos ao meu trabalho. Já estou com mais de cem dias de faltas e tô correndo risco de perder meus direitos por causa disso”, conta Wellington.

A demora foi tanta que ele, por conta própria, foi a um médico e pediu um atestado para voltar a trabalhar, porque estava passando necessidade! Segundo Wellington, o INSS ainda afirmou que não poderia fazer nada porque constava “falta de tempo de afastamento”. Como ele ia provar o tempo todo que ficou em casa se nem pelo perito passou?

É descaso demais! E sempre a mesma conversa, as mesmas desculpas... O povo já tá de saco cheio. A coluna, mais uma vez, foi atrás do INSS que, em nota, esclareceu que o segurado deu entrada no auxílio com documento médico, mas além do INSS estar fechado na época por causa da pandemia, o requerimento foi indeferido pelo atestado não conter os requisitos necessários para a concessão da antecipação do beneficio.

Wellington já apresentou recurso para o indeferimento, que está em andamento, mas o INSS afirmou que o atestado deve estar legível e conter assinatura e carimbo do médico além do CID e o tempo de repouso sugerido.

3,2,1... É DEDO NA CARA!




PINGO NO I
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Quando o povo diz que o carioca tem que ser estudado, a gente não leva fé... Até narrador de arrastão existe pela cidade! Na última segunda, durante um arrastão na Rodovia Washington Luiz, um cidadão filmava e ao mesmo tempo narrava toda a correria do povo que tentava fugir da ação dos vagabundos.

“O povo do Rio tem mais medo de bandido do que do coronavírus, vai entender!”, gritava ele.

Que situação... Infelizmente o que é pra ser trágico por aqui, acaba virando cômico, não tem jeito, né?
Bora colocar o Pingo no I... Já que nada se resolve nesse caos, só rindo mesmo pra não chorar!



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TÁ FEIO!
TÁ FEIO! Barricadas atrapalham a vida de moradores do Grande Rio, em São João de Meriti; coluna isabele benito
TÁ FEIO! Barricadas atrapalham a vida de moradores do Grande Rio, em São João de Meriti; coluna isabele benito divulgação
Quem mora no bairro Grande Rio, em São João de Meriti, não sabe mais a quem pedir socorro. A rotina de terror imposta pelos traficantes só aumenta! Os moradores têm horário pra andar nas ruas e sequer podem pedir um carro por aplicativo à noite, porque depois das 21h, a bandidagem circula armada até os dentes.

Até barricadas no meio da Avenida Paulo de Frontin eles montam, tudo para que veículo nenhum passe. “A gente denuncia, mas a polícia não toma uma providência. É desesperador viver com tanto medo assim”, conta um morador que pede para não ser identificado.

Em nota, a Policia Militar informou que a corporação realiza ações para remoção de obstáculos nas vias urbanas de maneira sistemática e constantemente. Afirmou também que as mobilizações são desencadeadas de maneira estratégica, visando preservar a segurança da população e dos policiais envolvidos nas operações e que a denúncia foi encaminhada ao comando do batalhão da área para apreciação e tomada das medidas cabíveis.

Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... O povo não pode mais ser refém, e tenho dito.