Os novos puxadinhos - Divulgação
Os novos puxadinhosDivulgação
Por O Dia

Uma cidade que convive há anos com uma doença crônica...

O nome? Descontrole urbano... Falta de política pública com moradia.

Na pandemia, o que já era difícil, ficou ainda pior... Muito pior!

Essa casa da foto, ou puxadinho como muitos chamam, é o mais novo endereço da favelização do carioca.

A realidade que sempre esteve ali, mas que muitos não enxergam ou, pelo menos, fingem não enxergar.

Na subida da Grajaú-Jacarepaguá, em frente ao antigo Jardim Zoológico, uma família inteira mora sob uma lona, com direito à cadeira e até vaso sanitário... Tudo isso na calçada, em frente ao que parece ser um estabelecimento fechado.

Culpa deles? Claro que não! O ser humano tende a buscar abrigo, e aqui, sem qualquer tipo de incentivo ou política de habitação, não é só embaixo da ponte que vão parar... Se espalham pela cidade.

Na pandemia, estações de BRT viraram cortiços, novas "aglomerações" de sem-teto.

Até em bueiro, em plena Avenida das Américas!

Uma cidade que permite moradias de tatu, pessoas penduradas, estações com abrigo e calçadas como casas, não pode dizer que está no caminho certo ou na busca de, se nada fizer em relação a isso.

Entra governo, sai governo e tudo é igual.

Porque nem esquerda, nem direita deixam de jogar o marginalizado para o último da fila. E com tantas emergências, o problema só aumenta...

3,2,1... É DEDO NA CARA!

 

Pingo no I
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Já que estamos falando dos puxadinhos...
Num bate-papo com Léo Motta, escritor e ex-morador de rua, ele contou um pouquinho de como anda o trabalho na Secretaria Municipal de Assistência Social, onde agora atua como conselheiro.
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"Várias ações de acolhimento já estão acontecendo pela cidade e estou colaborando com a minha experiência, vivência em situação de rua. Tudo tem sido muito emocionante pra mim", conta Léo.
É isso... Tem que trazer para trabalhar quem já sentiu na pele todo o sofrimento de estar nessas condições!
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Bora colocar o Pingo no I...
É muito fácil querer conhecer a realidade do outro com uma caneta na mão, sentado no conforto de um gabinete! O difícil mesmo é trabalhar com empatia.
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Tá feio!
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Desde semana passada, os moradores de São Gonçalo estão apavorados com uma série de mensagens enviadas por WhatsApp, onde traficantes estariam proibindo serviços nas comunidades, como entregas de comida, bebida ou farmácia.
Alguns até falam que as mensagens são Fake News, uma estratégia de facção rival para queimar a outra.
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Mas a questão é como quem mora, vira refém nas mãos desses vagabundos... As pessoas ficam em pânico, e com razão! Até pode ser mentira, mas quem vai arriscar, querer trabalhar num lugar como esse?
"Antigamente a gente ouvia dizer que até pra ser bandido tinha primeiro que ter respeito e contexto entre os moradores ... Ninguém mexia com trabalhador", conta um morador que não quis se identificar.
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Lembrando que lá a guerra entre facções já dura quase um ano.
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... A gente espera mesmo que seja um caô, e tenho dito!
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