Dona Ludovina, 90 anos: um presentão de Natal Divulgação
Sentadinha me esperando, vejo que ela tem um par de muletas e também um tabuleiro enorme, com um bolo lindo de banana pra mim… Bolo esse que ela diz que levantou às 02:30 da madrugada para preparar, porque afinal, nas palavras dela, “bolo bom é feito na hora, fresco”.
Poxa vida, que carinho… Mas naquele momento eu quis saber como ela fez pra chegar até à rádio… Foi sozinha! Dona Ludovina saiu da Penha, de manhã cedinho, mesmo com todas as dificuldades, só pra me levar carinho… Mas também pedir ajuda!
“Eu preciso de um oftalmologista, porque tô velhinha, mas não quero ficar sem enxergar”. Caramba, nessa época do ano em que o Natal se aproxima, situações como essa mexem com a gente. Pra quem não sabe, meus pais moram a quilômetros de distância do Rio, e nem sempre, por conta da correria do trabalho, eu consigo estar com eles no Natal, Revéillon e outras festividades.
O gesto da Dona Ludovina, tão frágil, mas ao mesmo tempo tão forte, com vitalidade (ela faz tudo sozinha, não quer ajuda de ninguém) me fez um bem danado. O presente de Natal, ela me pediu… E a gente vai fazer de tudo pra tornar o fim de ano dela um pouco mais feliz.
Mal sabe ela que quem ganhou o presentão fui eu…
Antes mesmo de qualquer reação dele, o vagabundo já entrou atirando! É o que eu digo… Não dá pra dar bobeira! Policial tem que estar sempre em alerta. Uma pena que esse bandido safado conseguiu fugir. Vaso ruim não quebra mesmo!
Então, bora colocar o Pingo no I… Vagabundos não são bonzinhos, eles são cruéis! A gente espera que o senhor baleado se recupere e que esse bandido tenha o que merece… Cadeia nele!
“Há meses! É mó escuridão, chega a dar medo”, conta uma moradora. A coluna foi atrás de uma resposta, né…
É… Natal é uma vez no ano. O que a gente quer pra população é luz no fim do túnel todo santo dia. Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Bora iluminar quem precisa, e tenho dito!
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