Turma do curso de Administração criou guarda-sol que carrega celular e aparelhos eletrônicos. Projeto foi parte de atividade da conclusão do curso - FOTOS Luciano Belford
Turma do curso de Administração criou guarda-sol que carrega celular e aparelhos eletrônicos. Projeto foi parte de atividade da conclusão do cursoFOTOS Luciano Belford
Por Aline Cavalcante

Rio - O que era para ser um trabalho de conclusão de curso foi além da sala de aula. O projeto de alunos de Administração da Faetec de Nova Iguaçu, um guarda-sol que carrega celular (Guarda-sol fotovoltaico), conquistou o prêmio Jovem Empreendedor 2018, concedido pela Câmara de Vereadores do município.

Durante um ano, 45 alunos tinham um desafio: criar uma empresa, com todos os seus departamentos, desenvolver, produzir e lançar um produto. O primeiro passo foi dividir a turma em seis grupos, cada um responsável por um setor da empresa. Depois, a decisão mais difícil foi decidir o produto a ser lançado. A ideia foi do professor Sandro Zgur e do aluno Gabriel Ferreira, 17.

Quem for à praia vai poder carregar a bateria de celular e aparelhos eletrônicos. O guarda-sol possui uma placa de célula fotovoltaica, colocada na parte exterior (nas abas) do guarda-sol, protegido por um bolso. Esta placa é ligada a um cabo que passa por dentro do tubo, que tem uma saída de USB, por onde o cabo do celular é conectado, enquanto o aparelho fica em um suporte adaptável. A célula fotovoltaica é alimentada pela luz solar e repõe a carga do aparelho celular em 1h30.

Inicialmente a invenção não foi bem aceita. "Quando o professor me apresentou o projeto eu gostei e quis partir para a ação, mas a maioria da turma não concordou. Demos um tempo para ir em busca de outro projeto, mas não teve nenhuma ideia e resolvemos tocar assim mesmo", contou Gabriel.

Além do produto, os alunos criaram uma empresa, a Ultra Sol, responsável pela produção da inovação. "O projeto ainda está no papel, mas está pronto para ser executado, de tão bem elaborado. Eles foram muito além do que o normal para um trabalho de conclusão", afirmou o professor.

O próximo passo é registrar o produto na Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). "Fui uma das que tiveram dúvida se daria certo. Resolvi me dedicar e quando as coisas foram acontecendo e colocamos a teoria que aprendemos na prática foi maravilhoso. O resultado deixou a gente muito feliz, foi uma experiência que vou levar pra vida toda", contou Beatriz Oliveira, 17.

Caso o produto seja comercializado deve custar em torno de R$ 199. "Tudo deve ser estudado com calma. Há muitas possibilidades, talvez fundar a empresa e produzir o produto, vender o projeto... É tudo muito novo, não esperávamos este resultado. Como professor, só tenho orgulho deles e de tudo que fizeram".

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