O estudante Antonio de Lima, 15 anos, queria estudar Informática, até ser apresentado à Mecatrônica no ano passado. “Foi crucial mudar meus planos, pois esse curso me permitirá trabalhar com hardware e software, o que adoro. E assim poderei programar e utilizar manualmente as máquinas, inclusive fazendo consertos”, explica o jovem.
A Mecatrônica consiste em programar e integrar eletronicamente máquinas e ferramentas operacionais, automatizando os processos de produção e construindo robôs industriais com capacidade de reprogramação automática. Ela utiliza tecnologias da Mecânica Industrial, Eletrônica e Informática para criar produtos, sistemas e processos eletromecânicos.
O profissional desta área é capaz de realizar tarefas ligadas à Engenharia de Automação, que aprofunda os conhecimentos do curso técnico. Ele sai da escola técnica pronto para se tornar um profissional capaz de consertar diferentes tipos de máquinas.
Na Baixada, as atribuições mais comuns do técnico de Mecatrônica são as de planejamento, execução, controle de instalação e equipamentos de Automação Industrial.
De acordo com a coordenadora pedagógica da Escola Técnica Rezende-Rammel de Duque de Caxias (Av. Presidente Vargas 120, 2º andar, Centro, tel.: 2675-6200), Edna Marins, há um forte apelo dessa profissão. “Mecatrônica é um curso inovador e a Petrobras demanda muitos técnicos. Além disso, muitas empresas do exterior terceirizam serviços de manutenção de equipamentos operacionais e de veículos controlados remotamente”, garante.
Na Rezende-Rammel, o aluno pode fazer o curso técnico junto ao Ensino Médio que custa, mensalmente, a partir de R$ 657,80. Há ainda a opção da modalidade pós-Médio. A mensalidade é R$ 484.
E vale a pena o investimento: um estagiário na área de Mecatrônica ganha atualmente de R$ 1.500 a R$ 2 mil. E, depois de formado, os salários chegam a ultrapassar R$ 3.800 em média, o que torna a profissão bastante promissora no mercado de trabalho, principalmente na área offshore (de navegação) e indústrias químicas.