Por luana.benedito
Em Macaé%2C os focos do mosquito Aedes Aegypti passaram a ser combatidos com a ajuda de drones Divulgação

Rio - Vale tudo na guerra para combater o mosquito Aedes Aegypti. E a novidade do momento é a utilização de modernas tecnologias para acabar com possíveis focos do transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zica vírus. Entre as novas ‘armas’, aplicativos de celular e até mesmo o uso de drones para realizar o monitoramento de locais de difícil acesso.

Em Nova Friburgo, a Secretaria Municipal de Saúde começa a usar o aplicativo Combate Aedes. No momento estão sendo capacitados os agentes de endemias e, posteriormente, os agentes comunitários também vão receber treinamento.

Desenvolvido pela LEMOBS, da COPPE/UFRJ, a ferramenta é de fácil operação. Ao realizar vistoria ou visualizar foco do mosquito, o agente faz registro das ações que foram tomadas. Assim, é possível descrever se foi necessário o uso de algum inseticida ou se foi preciso descartar a água de algum recipiente. O aplicativo ainda permitindo fazer fotografias.

“As informações são registradas no sistema e enviadas para a Sala Nacional de Combate ao Aedes. Isto facilita o trabalho para o gestor público, porque ele identifica, através de um mapa, onde há maior incidência de focos, agilizando o processo de prevenção e atuação de combate ao mosquito”, destaca David Almeida, responsável técnico da COPPE/UFRJ.

De acordo com a subsecretária de Vigilância de Saúde de Nova Friburgo, Fabíola Penna, atualmente os agentes de endemias ainda trabalham com planilha de papel, onde todas as informações dos relatórios são levantadas somente ao fim de cada semana e de cada mês, tornando o trabalho muito lento.

“O aplicativo é um grande auxílio, porque dá maior agilidade à vistoria, permitindo, inclusive, fotografar as diversas situações que a gente encontra e realizar uma nova análise. O aplicativo também consolida as informações de forma bem mais rápida”, destaca Fabíola Penna.

Em Macaé, por sua vez, a prefeitura tem utilizado um drone para monitorar os locais de difícil acesso, onde não se pode identificar com segurança e precisão se há ou não focos do mosquito. Já com o equipamento é possível tirar diversas fotos e ainda fazer filmagens com alta resolução e qualidade.

De acordo com Flávio Paschoal, coordenador administrativo do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), a utilização do drone tem contribuído bastante para acabar com vários focos do mosquito. “Podemos identificar caixas d'água sem tampa, lajes com água parada e lixo em imóveis ou terrenos baldios. O drone percorre uma área que levaríamos dias para monitorar. É um trabalho minucioso”, enaltece Paschoal. 

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