Profissionais do setor cultural de SG reagem à extinção de Secretaria
Artistas e produtores prometem iniciar uma grande mobilização virtual, com hashtags e vídeos na internet, para que o prefeito Capitão Nelson (Avante) reconsidere a decisão
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Artistas e produtores culturais de São Gonçalo contrários à extinção da Secretaria Municipal de Cultura gonçalense, prometem iniciar uma grande mobilização virtual, com hashtags e vídeos na internet, para que o prefeito Capitão Nelson (Avante) reconsidere a decisão tomada logo após a cerimônia de posse no cargo.
"Essa medida é uma extinção à cultura da cidade", dispara Alberto Rodrigues, ativista sociocultural e idealizador do Festival Literário de São Gonçalo (Flisgo). "São Gonçalo vai na contramão do que ocorre nas outras cidades. Como uma Subsecretaria dará conta de respostas e apoio para o fazedor de arte e cultura?", questiona.
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A difícil relação entre a Cultura de São Gonçalo e seus governantes parece ser um problema crônico na cidade. Nos últimos quatro anos, por exemplo, a Escola de Música Pixinguinha, que atendia crianças com necessidades especiais, o Teatro Municipal Palhaço Carequinha e a Biblioteca Municipal fecharam as portas. Em agosto de 2020, faltando quatro meses para o final do mandato do ex-prefeito José Luiz Nanci (Cidadania), o Teatro Municipal foi reformado e reaberto, porém sem poder receber o público devido à pandemia do novo coronavírus.
Sobre o fim da Secretaria de Cultura, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que "a Prefeitura determinou o enxugamento de cargos comissionados e cada pasta está avaliando as reais necessidades dentro do processo de austeridade determinado pelo prefeito Capitão Nelson diante da situação do município, para otimizar e bem aplicar os recursos públicos".