O imóvel, situado na Rua Capitão Antônio Inácio da Silva nº 1.828, com fundos para a Rua Doutor Gradim, localidade predominantemente residencial - Divulgação
O imóvel, situado na Rua Capitão Antônio Inácio da Silva nº 1.828, com fundos para a Rua Doutor Gradim, localidade predominantemente residencialDivulgação
Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - Na sessão ordinária desta terça (23), o vereador Cici Maldonado (PL) usou a tribuna para denunciar "repúdio, indignação e repulsa" - segundo suas palavras - que a instalação de um tanatório está causando aos moradores do bairros Porto da Madama, Gradim e adjacências. Trata-se de um estabelecimento empresarial particular do segmento funerário cuja atividade principal é acolher cadáveres antes de estes serem embalsamados, cremados ou sepultados. Na maioria dos casos, esse serviço póstumo serve para impedir que o corpo entre em decomposição. O procedimento é feito a partir de uma incisão de aproximadamente quatro centímetros na região cervical ou femoral, feita um bisturi. Por essa perfuração, substâncias químicas como formol, álcool, glicerina, entre outras, são injetadas no corpo expulsando o sangue pela veia jugular.
Um abaixo-assinado está circulando no bairro e somente nas primeiras horas de ontem alcançou mais de seiscentas assinaturas de moradores e comerciantes. No plenário da Câmara Municipal, após o pronunciamento de Maldonado, o manifesto público ganhou mais 20 novas adesões. Todos os parlamentares presentes à sessão estenderam a apoio à inciativa popular e se comprometeram a lutar para que o tanatório seja instalado em local apropriado para a prestação desse tipo de serviço. "A instalação da referida empresa deste ramo na Rua Capitão Antônio Inácio da Silva nº 1.828, com fundos para a Rua Doutor Gradim, localidade predominantemente residencial, além de sanitariamente imprópria, revela a insensibilidade e a insensatez do empreendedor", diz o legislador gonçalense, que também é morador local e promete oficializar denúncia ao governo municipal e demais órgãos de controle, fiscalização e vigilância sanitária estadual".
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Procurados, os órgãos citados ainda não haviam recebido o manifesto dos moradores e não puderam ainda emitir resposta oficial.