Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática de São Gonçalo é composto por 44 movimentos sociais e popularesArquivo

SÃO GONÇALO - Ao longo desta semana (23 a 28 de agosto), o Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática de São Gonçalo (FDSRD-SG), composto por 44 movimentos sociais e populares, realiza o Seminário Os Impactos da Privatização da Cedae no Município de São Gonçalo – Participação Popular na Definição das Prioridades e dos Investimentos. Serão seis painéis com especialistas em saneamento básico, que trarão informações e subsídios para alimentar os seis Grupos de Trabalhos (GTs) que formularão um relatório com as demandas da população gonçalense nesta área do serviço público. Estarão presentes especialistas do Inea, do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara, da Casa Fluminense, da Universidade Federal Fluminense, da Prefeitura de São Gonçalo e do Ministério Público, dentre outras instituições.

O seminário acontece desta segunda (23) até sábado (28), pelo Canal Q-Cria no YouTube, das 18h às 21h, sendo uma hora e meia para os painéis e o mesmo tempo seguinte para os GTs. No último dia, o encontro será presencial, mas os organizadores prometem respeitar todos os protocolos sanitários contra a Covid-19. O objetivo é a realização da plenária de consolidação do documento. A meta, segundo os líderes dos grupos, é intervir no Plano Municipal de Saneamento Básico que deverá orientar onde serão investidos quase um bilhão de reais destinados a São Gonçalo com a privatização da Cedae. O FDSRD-SG quer intervir também na aplicação dos recursos que cabem ao Governo do Estado - mais de 14 bilhões de reais.
“Queremos saber quanto e em quê o governo vai aplicar no nosso município”, provoca Sonia Jardim, liderança do FDSRD-SG, que ressalta a ótica dos direitos humanos no debate. “Queremos incluir na definição da aplicação desses recursos as especificidades da população gonçalense. Não é possível aplicar esse dinheiro sem considerar que a falta de água, esgoto e moradia digna afeta mais diretamente as mulheres pobres e a população negra. Não queremos apenas obras de superfície. Queremos que sejam considerados os princípios de sustentabilidade no uso desse dinheiro; enfim, que seja considerada a Agenda 2030, da qual o Brasil é signatário”.

O Seminário tem apoio de parte da bancada progressista da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, incluindo os deputados estaduais Zeidan, Waldeck Carneiro e Flávio Serafini, além de toda a bancada progressista da Câmara Municipal de São Gonçalo, composta pelos vereadores Priscilla Canedo, Romário Régis e Professor Josemar, que confirmaram presença no evento.