Palestrantes de diferentes secretarias falaram sobre um ano da implantação do Plano Estratégico Novos Rumos.Divulgação Ascom PMSG
“Este webinário é em comemoração ao primeiro ano do Plano Estratégico Novos Rumos, sobre o que foi planejado e o que foi cumprido. É um privilégio poder discutir isso hoje, ouvir os técnicos sobre a transformação para a cidade, que está sendo possível por conta do aporte de pouco mais de R$1 bilhão oriundos da concessão dos serviços da Cedae. Com a verba, foi possível planejar e garantir investimentos para a cidade através dos cinco eixos prioritários (Cidade Segura, Cidade Saudável, Cidade Bem Cuidada e Organizada, Cidade Justa e Inclusiva e Gestão Eficiente e Transparente) com 34 metas, incluindo os ODSs dentro do planejamento e levando a cidade para uma discussão maior”, disse a mediadora e secretária municipal de Gestão Integrada e Projetos Especiais, Maria Gabriela Bessa.
Dentro do eixo Cidade Segura, há a contribuição para a redução dos índices de violência na cidade com a construção de um centro de monitoramento com 310 câmeras e reestruturação da Guarda Municipal, além de outras estratégias. Em Cidade Saudável, há a reestruturação da Atenção Básica, incrementos da Rede Especializada e implantação de novo pronto socorro.
“Dentro do planejamento, temos 12 unidades de saúde que foram adaptadas ao novo modelo, que receberam novos equipamentos, acessibilidade, climatização e mobiliário. Outras 16 estão em andamento. Começamos a obra da Clínica Ampliada do Colubandê, retomamos as obras do Centro de Imagens e Especialidades de São Gonçalo (Ciesg), no Vila Três, e há a previsão do novo hospital municipal com 196 leitos com capacidade para realizar cirurgias que ainda não são feitas na cidade. É um avanço para a cidade e vamos cumprir todas as metas”, disse Pedro Henrique da Silva Fernandes, engenheiro da Secretaria de Saúde.
Para o eixo Cidade Bem Cuidada e Organizada foram planejadas obras de urbanização por toda a cidade. Muitas já estão sendo vistas pela população, como a pavimentação de vias e investimentos em rede pluvial. Rodolpho da Silva Loureiro, coordenador técnico da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, enumerou as melhorias já realizadas e outras que estão em andamento.
“O plano mapeou os locais mais precários e que mais precisam de ajuda. O bairro Colubandê, por exemplo, sempre sofreu com alagamentos em uma via principal. Bairros que nunca receberam nenhum tipo de investimento estão sendo urbanizados. Também mapeamos os locais com risco de deslizamentos e estamos realizando as obras de contenção, como a que está acontecendo no Novo México. Com o Programa Asfalta São Gonçalo, já recapeamos dezenas de ruas, que estão tratadas e cuidadas e outras estão em andamento”, destacou Rodolpho.
Dentro da percepção dos cuidados, também há a preocupação com as pessoas, mas principalmente com os mais vulneráveis. Por isso, toda a Secretaria de Assistência Social e os serviços oferecidos estão sendo reestruturados para melhor atender a essa população. No eixo Cidade Justa e Inclusiva, além da assistência social, ainda cabem investimentos na área cultural.
“Com o estudo que fizemos, vimos que precisamos ampliar os locais de atendimento e equipes e qualificar os profissionais da assistência social. Pela distribuição que temos hoje, não conseguimos atingir todas as pessoas que estão em extrema pobreza, pois os equipamentos estão nas áreas mais populosas e centrais. Essa realidade será mudada com a ampliação, padronização e criação de polos de atendimento”, esclareceu Mariana Calegário, assessora técnica da Secretaria de Assistência Social.
Já Alberto Antonio de Lima Brito Silva, subsecretário de Turismo e Cultura, destacou a mudança no tratamento da cultura na cidade. “A cultura de São Gonçalo nunca foi valorizada como está sendo agora. Fizemos um edital e fomos atrás dos artistas da cidade. Conseguimos reativar 15 escolas de samba e contemplamos 71 bairros com diferentes manifestações artísticas, temos eventos diários no Teatro Municipal e outros equipamentos de cultura”, disse o subsecretário.
Finalizando a apresentação de comemoração de um ano do Novos Rumos, a subsecretária de Gestão Integrada e Inovação da Semgipe, Julia Sobreira, discursou sobre o eixo Gestão Eficiente e Transparente. “O próprio nome já diz o que a gente busca. Quem trabalha com gestão pública quer planejar, mas ver o desenvolvimento. E estamos vendo isso acontecer aqui em São Gonçalo. Estamos investindo nos servidores, na inovação e na transparência para que a população tenha acesso ao que estamos desenvolvendo”, iniciou.
Uma das estratégias adotadas foi gerir a verba da venda da Cedae, que se transformou em uma fonte, onde os investimentos são avaliados antes de serem liberados. Outra foi a implantação do aplicativo Colab, que oferece serviços para a população, que também pode colaborar em enquetes. “A primeira pesquisa com os moradores nos ajudou a nortear o próprio plano estratégico com ideias e metas sugeridas. Vimos que temos que ser flexíveis e sempre nos ajustar às necessidades”, explicou.
A cidade está na 65ª posição no ranking de transparência dentro do Rio de Janeiro e Julia quer diminuir esta colocação. “Só o portal da Prefeitura não é o suficiente. Por isso, também criamos o portal do Novos Rumos com todos os detalhes e o que está sendo feito. Ele é atualizado mensalmente. Hoje, a gente está fazendo reunião com a ONU (Organização das Nações Unidas). É a primeira vez na história de São Gonçalo. Estamos subvertendo a lógica da cidade, que está deixando de ser carente para ser uma potência”, finalizou a subsecretária.
A representante da ONU-Habitat, Rayne Ferretti Moraes, disse que é muito importante estar em São Gonçalo, que sempre foi conhecida por indicadores negativos e por ter muitos desafios expressivos. “Estamos confirmando que, com o planejamento estratégico, tudo pode mudar.
São Gonçalo está mostrando onde quer chegar com as ODSs, com o planeta. São 17 grandes objetivos até 2030. As cidades têm que organizar, priorizar os problemas. Com o Plano Estratégico, a gente sabe como chegar. É um momento fundamental para a cidade. Tem planos, projetos, participação e tem a gestão. O foco está na solução. Este encontro serve de referência para outras cidades que sequer têm plano estratégico. São Gonçalo se colocou em outro patamar. Muito bom ver a evolução de São Gonçalo dentro desse primeiro ano”, finalizou Rayne.
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