Funcionários e pacientes do Hospital Pedro II sofrem com ar-condicionado paradoDivulgação
De acordo com os parentes, eles são impedidos pelo Hospital Pedro II de entrar com ventilador na unidade, por normas do hospital. Uma funcionária, que pediu para não ser identificada, contou que o hospital passa o dia inteiro com as janelas abertas para ter alguma ventilação no prédio.
Ainda no Pedro II, os pacientes contam que alguns setores, como o Centro de Terapia Intensivo (CTI), não têm janelas e por causa do calor alguns pacientes ficam apenas de fraldas. O problema da falta de refrigeração na unidade se arrasta por anos. Em fevereiro de 2020, o ar-condicionado ficou sem funcionar por pelo menos 15 dias.
“No CTI é um calor insuportável e não tem nada de ventilação. Muito difícil para trabalhar”, relatou uma funcionária, informando que a mesma situação é encontrada nos setores da maternidade e Neonatal.
"Os funcionários ficam sem condições de trabalhar. O uniforme é de tecido grosso e ainda tem o jaleco. O suor fica pingando em cima do paciente. É lamentável", desabafa outra funcionária.
Funcionários do Hospital Albert Schweitzer dizem que também sofrem com os mesmos problemas, que persistem há duas semanas em ambas as unidades.
Também no Albert Schweitzer, segundo o funcionário, nos sétimo e oitavo andares onde fica o isolamento e os profissionais precisam entrar com Equipamento de Proteção individual o ar-condicionado não funciona.
“Os enfermeiros levam ventiladores de casa para sala de estar. Não há o que fazer. Se você reclama é punido, sendo demitido ou mudado de setor”, lamentou o profissional.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os sistemas de refrigeração dos hospitais Pedro II e Albert Schweitzer ficaram instáveis devido às altas temperaturas e sobrecarga.
“As equipes de manutenção já restabeleceram o funcionamento dos aparelhos, mas será necessária uma a troca de todo sistema que se inicia já neste mês de março e tem prazo de finalização para maio”, explicou em nota.
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