Monique Medeiros chora durante depoimento sobre morte de Henry BorelCleber Mendes / Agência O Dia

Rio - Duas detentas que dividem cela com Monique Medeiros mudaram as versões apresentadas à  Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) sobre uma suposta prática de atos libidinosos entre a mãe de Henry Borel e o seu advogado. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo DIA. De acordo com os depoimentos, realizados na segunda-feira (7), as presas Cintia Gomes de Oliveira e Elaine Lessa disseram não ter conhecimento de nenhum caso de envolvimento entre cliente e defesa.
Cintia alegou ter diabetes e sofrer de momentos de descompensação, por isso não consegue se lembrar de nenhum acontecimento sobre o comportamento da colega de cela. Também negou a informação de que Monique foi ameaçada dentro da cela K, do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte Elaine Lessa disse que só ficou ciente da história durante uma discussão entre a detenta Fernanda 'Bumbum' e a mãe de Henry.
Nesta quarta-feira, a Seap informou que a corregedoria da pasta assumiu a investigação relacionada à interna e que o caso segue sob sigilo. Anteriormente, as investigações estavam por conta da Comissão Técnica de Classificação, responsável por dirigir, orientar, coordenar, controlar, analisar e acompanhar os presos.
Relembre o caso
Detentas que dividem cela com a mãe de Henry disseram que a própria Monique disse ter praticado 'atos libidinosos' com um de seus advogados na cadeia. Uma das mulheres que fez a queixa foi Elaine Lessa, mulher do policial reformado Ronnie Lessa, suspeito de ter matado a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. No entanto, a presa mudou a sua versão.