30º Batalhão de Polícia Militar em homenagem ao Dia Internacional da MulherDivulgação


Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, as policiais militares do 30º Batalhão de Polícia Militar foram homenageadas em um almoço hoje na própria corporação.
A data, que representa a luta pela igualdade de direitos das mulheres, tem um significado ainda maior para as policiais femininas que atuam na Patrulha Maria da Penha. Acostumadas a atender chamados de violência contra a mulher, elas falaram ao O Dia sobre os desafios e as conquistas de fazer parte da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Emocionada, a cabo Kelen falou sobre o momento mais difícil já vivido por ela. “Durante um chamado, uma mulher que havia ligado para denunciar violência doméstica foi empurrada da escada pelo companheiro com o filho deficiente no colo na nossa frente.” , contou Kelen. Ela lembra que quando a mulher chega a pedir ajuda é porque já foi agredida várias vezes e, ao ir para a delegacia, muitas acabam retirando a queixa.
Quando questionada sobre fazer parte do combate à violência contra a mulher, a terceiro-sargento Karen diz não haver diferença entre atender a esse tipo de ocorrência e outras. Segundo ela, “todos são crimes e precisam ser combatidos.”
Alguns integrantes da Patrulha Maria da Penha - Andréa Brito
Alguns integrantes da Patrulha Maria da PenhaAndréa Brito

Superando as diferenças
Quanto às diferenças dentro da corporação, uma das cabos disse que, aos poucos, algumas distinções entre tarefas estão sendo superadas, o que foi confirmado por Kellen. A terceiro-sargento destaca, no entanto, que as dificuldades dentro da Polícia Militar são as mesmas em outras esferas da sociedade, mas confirmou existir igualdade tanto de direitos quanto de obrigações.
Palavra de homem
Ao O Dia, outro militar afirmou que “a igualdade de Direitos está prevista na própria Constituição Federal e é a conquista de uma sociedade democrática.” Segundo ele, no início da entrada de mulheres na Polícia Militar, “o quadro feminino era separado do quadro masculino e isso evidenciava ainda mais a distinção entre gêneros.” Na opinião do militar, hoje o trabalho desempenhado por homens ou mulheres tem que ter como destinatário a sociedade.”
Coordenador da guarnição feminina durante cinco anos, o subtenente Géter, na corporação há 20 anos, diz perceber um envolvimento muito grande das mulheres, citando o caso de coragem e apoio da terceiro-sargento Karen durante uma difícil operação.
Quanto a apoiarem as filhas ao entrar para a Polícia, as policiais femininas se dividiram entre os riscos e as paixões da profissão.