Visivelmente emocionado, Gustavo afirmou que “é lamentável, é injusto o que está acontecendo, porque eu não participei de nenhum ato ilícito, e todas as pessoas que acompanham a minha vida sabem que a gente trabalha certo, trabalha pelas pessoas que mais precisam.”
O vereador disse ainda que a justiça não respeita a vontade popular e que, mesmo assim, ele irá cumprir a determinação judicial e acatará as decisões. Disse ainda que cabem recursos para reverter a cassação.
Nas palavras de Gustavo, “a justiça é muito lenta quando é para atender a população, como quando há um paciente na UPA e temos uma ordem judicial (se referindo às transferências), quantos dias demora para acontecer? Mas quando se fala do mandato de um vereador que trabalha pela população, é rápido.”
“A quem interessa? A quem nosso mandato está incomodando?”, perguntou indignado o vereador Gustavo Simas. Segundo ele, o processo foi muito rápido e que a resposta virá nas eleições para deputado federal, cargo ao qual Gustavo é candidato nas próximas eleições.
Entenda o caso:
Para que haja proporcionalidade entre candidatos homens e mulheres, a Justiça Eleitoral garante a cota de gênero em cada eleição. No entanto, na última eleição para vereador em Teresópolis, uma candidata pelo partido de Gustavo Simas desistiu da candidatura após o prazo, quando ainda seria possível a renúncia. Assim, o Tribunal Regional Eleitoral cassou o diploma do vereador pelo PSL por fraude à cota de gênero.
A decisão do colegiado foi unânime e determinou a saída do parlamentar que deverá deixar o cargo da Câmara Municipal de Vereadores de Teresópolis imediatamente. Em seu lugar, deve assumir a vaga no legislativo municipal, o primeiro-suplente pelo PP, André do Gás
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