“Rico, milionário.” Assim respondeu um dos 11 jovens referenciados pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) de Teresópolis ao ser perguntado como se imagina daqui a dez anos. A pergunta fez parte da palestra-conversa informal conduzida pelo Comissário de Justiça Bruno Miranda, com a participação da advogada Dra. Sandiane Takays para adolescentes que cumprem medida socioeducativa e seus familiares.
“Aos adolescentes nesta situação, o Estatuto da Criança e do Adolescente assegura o direito de continuar estudando, ter atendimento de saúde e continuar convivendo com a família e a comunidade. Nosso trabalho aqui é orientá-los e acolhê-los, realizando atividades como as de hoje, entre outras coisas”, explicou Karla Ribeiro, coordenadora do CREAS. Segundo ela, a ideia do encontro foi ajudar a família a compreender o adolescente, que está reingressando na sociedade.
Após um farto e animado lanche, em outra sala, os familiares dos adolescentes (na grande maioria, mães) realizavam uma dinâmica semelhante com a psicóloga do CREAS, Dra. Aparecida Ximenes. “Digo a meu filho para ter cuidado com quem anda. Uma companhia errada pode mudar toda uma vida.” relatou uma das mães presentes no encontro.
Numa conversa franca e aberta, a Dra. Aparecida resumiu a principal atitude a ser tomada para que tanto aqueles meninos quanto seus familiares superem os problemas que os levaram até ali: "Qualquer relação humana tem que ter respeito. Tanto entre homens e mulheres quanto patrões e empregados, vizinhos, amigos, pais e filhos. Essa é a palavra-chave: respeito.”
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