Lançamento do Livro "Ministério Público e Movimentos Sociais: Encontros e Desencontros"Divulgação

Por O Dia
O livro ‘Ministério Público e Movimentos Sociais: encontros e desencontros’, de autoria do procurador da República Julio José Araujo Junior será lançado de forma virtual, nesta terça-feira, dia 29, às 19 horas. A organização do evento é realizada pelo Observatório dos Direitos Humanos do Sul Fluminense, em parceria com diferentes segmentos e movimentos sociais, que apresentarão relatos de demandas que foram acolhidas pelo Ministério Público Federal durante o período em que Julio Araujo atuou em Volta Redonda e região (2014-2017).
A transmissão do lançamento será através do canal do Youtube do Observatório dos Direitos Humanos do Sul Fluminense pelo link https://www.youtube.com/watch?v=yRQo4AC1tzk, com acesso livre. A professora Alejandra Esteves, da UFF, mediará o evento.
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Temas emblemáticos, frutos de articulações e lutas, de necessária reparação e de conquistas, presentes na narrativa do livro, serão abordados tanto pelo procurador como pelos personagens envolvidos. Quilombolas, luta pela moradia, reparações históricas da ditadura, questões socioambientais. Também o direito de resposta em rádio com foco nos direitos humanos e opressões de gênero, entre outros assuntos, estão na pauta.
“Estou na expectativa de que seja um evento produtivo e essencialmente crítico, não só em relação à conjuntura que vivemos, mas também quanto à atuação do Ministério Público”, declarou Julio José Araujo Junior.
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De acordo com o procurador, a obra reúne artigos escritos nos últimos anos a respeito do funcionamento do Ministério Público, com enfoques variados, que refletem as atribuições desenvolvidas na época ou as aflições de ocasião.
“Refletir sobre o papel do Ministério Público na promoção de direitos fundamentais é uma das minhas preocupações. Afinal, de que forma povos indígenas e quilombolas, a população negra, os trabalhadores sem-terra e sem teto, as mulheres, a população LGBTQI+ e todos aqueles que se encontram em situação de flagrante inferioridade na garantia de direitos e na representação política poderão ter no Ministério Público um verdadeiro parceiro e aliado?”, questionou Araujo.
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Ainda segundo Julio Araujo, a nova ponte Dom Waldyr Calheiros (Niterói- Aterrado) e a reparação simbólica de um passado violento em Volta Redonda bem como os movimentos sociais contra a privatização da memória em Volta Redonda, articulados pela Comissão da Verdade, fazem parte de dois textos do livro.
“O livro traz um trabalho que elaborei na especialização do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ sobre a relação do Ministério Público com movimentos sociais e reúne diversos artigos que escrevi ao longo desses anos no MPF, com abordagens sobre o Amazonas, Volta Redonda, Baixada Fluminense e sobre os rumos da instituição”, esclareceu.

Julio José Araujo Junior é mestre em Direito Público pela UERJ e doutorando em Direito Público na mesma universidade, além de especialista em política e sociedade no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP/UERJ). É membro do Ministério Público Federal desde 2012, com atuação nas Procuradorias da República no Amazonas, Volta Redonda (RJ) e São João de Meriti (RJ).
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Atualmente está lotado na Procuradoria da República no Rio de Janeiro. É coordenador do Grupo de Trabalho Prevenção de Atrocidades Contra Povos Indígenas (6ª Câmara do MPF), do Grupo de Trabalho Reforma Agrária e Conflitos Fundiários (PFDC/MPF) e do Grupo de Trabalho Povos e Comunidades Tradicionais (CNMP). Foi juiz federal, membro da Advocacia-Geral da União (AGU) e servidor do MPF.