Reunião online aborda o tema: poluição em Volta Redonda Divulgação/MEP-VR

A partir de uma solicitação do Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR) uma reunião on-line foi realizada com a Superintendência do INEA (Instituto Estadual do Ambiente) em Volta Redonda. O encontro remoto aconteceu nesta quarta-feira, dia 20, e abordou os temas: a montanha de escória da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a poluição do ar em Volta Redonda. O mestre em biologia, ligado à coordenação socioambiental do MEP, Michel Bastos, fez a mediação do encontro.
O superintendente Regional do Médio Paraíba do Sul do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (SUPMEP-INEA), Washington Granato, participou no início, e depois deu lugar de fala para os técnicos Leonardo Martins e Eleandro, servidores do órgão. Outras representações também participaram da reunião: a bióloga, ligada ao MEP, Irineia; o engenheiro e integrante da Comissão Ambiental Sul; João Thomaz; a tambem integrante da Comissão Ambiental Sul, Jussara; o integrante da Comissão de moradores de Volta Grande IV, Leonardo Gonçalves; o professor ligado à ONG Dr. Catador, Sérgio Potiguara; do Movimento Baia Viva, Roberto Guião; e Alexandre, ligado à uma página da cidade na rede social.
A reunião durou aproximadamente uma hora. Os participantes ligados aos dois lados sinalizaram importantes pontos relativos à dupla poluição provocada pela empresa.
“Estamos trabalhando, o INEA avalia os dados de instituições que monitoram a situação da pilha de escória por uma empresa contratada pela CSN, a Harsco”, esclareceu Leonardo, do INEA.
“O debate seguiu com fortes questionamentos sobre monitoramento, estabilidade da pilha, questões epidemiológicas e etc, foram questionadas como sendo responsabilidade do órgão. A reunião ficou tensa quando Sérgio cobrou enfaticamente dos técnicos se tinham conhecimento de um relatório encampado pela UERJ, feito com participação de vários pesquisadores sobre a pilha de escória. O Relatório que aponta diversas situações para correções. Os técnicos do INEA disseram não conhecer o relatório realizado em 2020. Na sequência, Leonardo, disse que sairia da reunião pelo tom dado à fala do ambientalista Sérgio que questionou o fato deste servidor estar atuando na fiscalização de um empreendimento onde este havia prestado serviços antes de ser funcionário do Estado”, relatou o mediador da reunião, Michel Bastos.
A reunião seguiu e os participantes elencaram outros pontos para o INEA, entre eles: disponibilizar o Relatório do INEA com as últimas avaliações da situação da pilha e outros monitoramentos; cobrar da CSN o monitoramento da água subterrânea no entorno da pilha de escória; também que a CSN coloque em cada chaminé sensores para medir a poluição; que haja monitoramento 24 h em cada ponto dos afluentes e do rio Paraíba do Sul.
Diante desses pontos, Michel agradeceu a participação de todos. “Agradeço a direção do INEA, do Granato, que participou inicialmente, os técnicos e a disponibilidade dos representantes dos segmentos socioambientais”, disse Michel.
Ainda de acordo com o MEP-VR, a secretária do Movimento fará um resumo que será encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal) e MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro).