Vistoria constatou que chuveiros, veículos e equipamentos aspersores estão funcionandoCris Oliveira/PMVR

Volta Redonda - A prefeitura de Volta Redonda fez a segunda vistoria no interior da Usina Presidente Vargas, nesta sexta-feira, dia 22. O objetivo foi verificar a execução das medidas emergenciais para reduzir a poluição atmosférica na cidade. A primeira inspeção ocorreu no último dia 14, e resultou em um acordo com a empresa, pelo qual seriam adotadas seis ações para minimizar o problema.
Segundo o verificado dentro da empresa, as primeiras medidas já foram tomadas e devem resultar em uma melhora no meio ambiente local. De acordo com o relatório divulgado, o setor de sinterização conta agora com duas máquinas varredeiras que rodam pelo pátio durante todo o tempo de produção, também aconteceu o aumento no número de trabalhadores que atuam nas vias, pátios, estruturas e equipamentos das sinterizações e áreas adjacentes.
Ainda duas máquinas do tipo “Bob Cat”, retroescavadeiras e caminhões com equipamento de aspersão passaram a circular pelo local. Conforme avaliado na vistoria, os chuveiros de aspersão que pulverizam água sobre as esteiras responsáveis por transportar o minério voltaram a funcionar em volume considerável. Essas ações impedem que o vento leve material particulado para fora da usina.
O relatório divulgado pela prefeitura destaca que o volume de pó oriundo da produção retirado pelos funcionários do pátio a cada instante é impressionante. E sem esses equipamentos em funcionamento, sem os veículos adequados e com número reduzido de funcionários, praticamente todo o material particulado iria em algum momento ser levado de dentro da usina para os bairros da cidade. Mas agora, molhado e assentado, o material particulado é recolhido com mais facilidade e levado para os depósitos apropriados. Sobre as esteiras que transportam o minério pela usina, com o chuveiro de aspersão funcionando os particulados ficam fixos na borracha até chegar ao destino final na cadeia de produção do aço.
As medidas emergenciais foram adotadas, mas sabemos que só a modernização da produção vai melhorar de forma mais sensível esta questão. Então, a notícia mais importante que recebemos hoje foi que a CSN já está no mercado em busca destes equipamentos. Sabemos que essa ação demanda mais tempo, mas se o empenho pela modernização da sinterização for o mesmo que observamos hoje para adoção das medidas emergenciais, ganharemos todos em Volta Redonda. Vamos aguardar e seguir vistoriando sempre que possível e necessário”, falou o prefeito Antonio Francisco Neto.
Conforme a nota do governo municipal, todas estas medidas são ainda paliativas, porém a informação mais importante é de que a CSN já fez contato com empresas para adquirir os equipamentos necessários para modernização da sinterização. O contrato de R$ 250 milhões já agita o mercado. Apesar de ter até 2024 para cumprir o TAC (termo de Ajustamento de Conduta), a CSN se comprometeu com a prefeitura de agilizar essa parte da sinterização.