Atendimento pelo SUS foi ampliado com o compromisso da prefeitura em repassar verba extra do Governo do EstadoCris Oliveira/Secom PMVR
A aposentada Dircinéia Ramos Rios Tavares, 71 anos, realiza o tratamento renal há 9 anos e antes de chegar à CDVR, fazia o acompanhamento de saúde em Barra do Piraí. Ela destacou os desafios e o alívio que foi poder se tratar perto de casa.
“Eu moro no bairro Sessenta, em Volta Redonda, e antes saía daqui cedo e retornava só à noite. Eram vários pacientes, chegava em casa meia-noite e meia. Chegava em casa desgastada, estressada, não conseguia dormir. Às vezes não saía bem, passava mal na van, não tinha recursos. Agora é perto, rapidinho estou em casa, o estresse acabou, a pressão (arterial) parou de subir, consigo dormir a noite toda”, destacou ela, que tenta manter o alto astral mesmo se submetendo a hemodiálise três vezes por semana, pouco mais de quatro horas cada sessão.
“No começo você fica triste e até se acostumar que a máquina (de hemodiálise) faz parte da sua vida, é estressante. Mas depois você chega à conclusão de que é a única maneira de viver. E a fé em Deus é importante. Então três vezes na semana hoje para mim é tranquilo. Eu me adaptei", garantiu ela.
Quem também “tira de letra” o tratamento semanal é o maquinista aposentado Ademir Palace Oliveira, de 72 anos. Há quatro anos ele se submete à hemodiálise, após sofrer de insuficiência renal. Por morar no bairro Retiro, ele consegue ir e vir sem problemas, por três vezes na semana.
“Facilita muito a minha vida. Melhor coisa que tem é ter a clínica perto de casa. A pé eu gasto 10 minutos. Isso aqui é o meu coração. Pessoal trata a gente super bem. Se tivesse que dar uma nota para o atendimento aqui seria nota mil”, afirmou.
O aposentado José Natalino de Souza, de 66 anos, é morador de Resende e há 10 meses realiza a hemodiálise em Volta Redonda. “Já cheguei a ter que ir buscar atendimento em Juiz de Fora (MG), e ter uma clínica em Volta Redonda facilita muito a minha vida. Faço sessão três vezes na semana: segunda, quarta e sexta-feira. O atendimento aqui é muito bom”, elogiou.
A dona de casa e moradora do bairro Santa Rita do Zarur, Carolina Maria Barbosa, de 59 anos, fez tratamento por oito anos em Barra do Piraí e há três consegue evitar a viagem até a cidade vizinha.
“Foi a melhor coisa essa clínica. Eu saía de casa meio-dia e chegava meia-noite. Perdia o dia inteiro. Agora eu fico quatro horas na máquina e mais meia hora esperando o transporte da secretaria de Saúde, onde um carro me busca e me traz. Antes era muito cansativo e agora melhorou muito. Não tenho nada a reclamar, sou muito bem tratada”, disse.
José Cláudio da Silva, de 60 anos, carinhosamente chamado de “Chocolate” pelos amigos e familiares, se submete à hemodiálise há 10 anos devido à hipertensão arterial. Antes, o morador do Santo Agostinho saía de Volta Redonda para se tratar em Barra do Piraí e desde 2017 o tratamento é feito no CDVR. Segundo ele, são vários benefícios em poder contar com um tratamento especializado mais perto de casa.
“A diferença foi enorme. São mais ou menos quatro horas e já estou livre. Antes demorava até chegar à clínica, fora quando tinha acidente na pista. Convivíamos com o risco de passar pela rodovia”, lembrou.
“A partir dos 40 anos, os rins vão perdendo 1% da capacidade ao ano. Além também de outras doenças, não tão comuns, que podem levar à falência renal. Em Volta Redonda, não foi diferente. Houve aumento de pacientes necessitando de diálise pelo SUS e a Clínica de Diálise de Volta Redonda agora pode atender a essa demanda de novas vagas, porque tem equipamentos prontamente disponíveis”, ressaltou.
Os encaminhamentos dos pacientes atendidos pelo SUS são todos feitos através da regulação do Estado. A prefeitura inscreve os pacientes nessa fila de regulação, e a clínica mais próxima é referenciada.
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